quinta-feira, 13 de outubro de 2016

O Velho que sempre habitou em mim

Minha homenagem particular "ao Velho"... Sempre entendi minha ligação com as crianças, afinal nascendo em 26 de setembro, era de se esperar. Mas os momentos de sabedoria e aprendizado com "os muitos Velhos" que passaram e continuam orientar minha vida, eu desconhecia a razão da conexão até pouco! Eis aí. Muito especial a Seu Nelson, o primeiro de todos, meu avô amado, cujo nome dei a meu filho. Minha igualmente amada avó, dona Du. Meus primeiros educadores e formadores, e hoje, representados por minhas tias, meus tios, sogros, amigos, professores com primaveras além dos 70!! rs..

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

O retorno e as novidades

Exatos quatro anos depois da última postagem. Muita coisa mudou, lógico!
Com o motor no 3.9, no arranque, mãe de um príncipe, quase historiadora além de jornalista. As boas novas contarei, as que lembrar, aos poucos. É engraçado, no entanto, ler meu próprio perfil aqui. Não vou mudar por enquanto, ficou divertido ver como a vida andou. E, pra melhor ilustrar isso, lembrei da canção escolhida no momento da primeira graduação, em comunicação social, uma noite mágica.
Na voz de "Nossa Senhora Maria Bethânia" ou do autor Almir Sater, essa poesia acabou virando um mantra em minha vida.
Eis, para dividir com os amigos:

Ando devagar porque já tive pressa, e levo esse sorriso, porque já chorei demais.
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei... Ou  nada sei..

Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs.
É preciso amor pra poder pulsar, é preciso paz  pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir. 

Penso que cumprir a vida seja simplesmente compreender a marcha, ir tocando em frente.
Como um velho boiadeiro levando a boiada, eu vou tocando os dias pela longa estrada, eu vou. Estrada, eu sou.

Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar, é preciso paz pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir 

Todo mundo ama um dia, todo mundo chora
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história e cada ser, em si, carrega o dom de ser capaz e ser feliz.

Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar, é preciso paz pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir.

Ando devagar porque já tive pressa e levo esse sorriso porque já chorei demais.
Cada um de nós compõe a sua história e cada ser, em si, carrega o dom de ser capaz...

...e ser feliz

 Almir Sater
Tocando Em Frente

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Enfim, os 35!


De tudo o que queria fazer hoje, só não consegui chegar a tempo pra trocar os ingressos do show de Fátima Guedes. Vou chegar mais cedo na próxima tentativa. Fui à missa e ainda ganhei uma “benção especial” de Padre Ângelo. Exclusiva! A Igreja de Santana é muito especial pra mim. Representa muito para minha família e me traz, com mais força, a lembrança de meus muito amados avós maternos. A base mais perfeita que poderia querer ter.
Também fiquei na companhia maravilhosa de meus livros. Nessa nova etapa profissional encaro as aulas, palestras e apresentações que tenho a fazer com afinco. Tenho duas explanações nas próximas semanas. Estou me dedicando à educação e às pesquisas sobre movimentos sociais, em especial os que trazem um recorte étnico.
Pedi a benção à minha mãe e ganhei seu abraço forte e sempre acolhedor.
Agora, cá estou, ouvindo rádio, na Educadora FM e parece que fizeram o playlist para mim...
Especial demais!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Descobrindo a roda?

Leio a manchete e ouço o burburinho causado na tv: EUA: revista chama Obama de "primeiro presidente gay".

Em terras canarinhas, nossos comentaristas dizem que a luta de Obama pelos direitos dos negros o aproxima da luta dos direitos dos gays! No fim, uma questão de DIREITOS HUMANOS! OU NÃO??!

terça-feira, 27 de março de 2012

Mas, afinal, quem é a mulher de hoje?

Convidamos algumas dessas incríveis mulheres para dar seu parecer sobre esse questionamento. Confira.

Mayana Soares, pesquisadora das temáticas que envolvem gênero, feminilidades, sexualidades, acha difícil ser específica nessa resposta. “Não sei responder, exatamente, ‘quem é a mulher de hoje’, mas gosto de pensar assim: ‘o que faz da mulher de hoje, mulher?’, ‘o que é ser ‘mulher’ na atualidade?’ Com certeza, esta designação de gênero é complexa e nos possibilita inúmeras reflexões. Acredito que os gêneros são construídos discursivamente ao longo da história e resignificados a partir de modelos sociais estabelecidos em cada sociedade. Nesse sentido, entendo que nos tornamos mulher (assim como nos tornamos homens, trans, dentre outros gêneros) através de uma série de discursos que são produzidos socialmente.”, pontuou.

Também, para ela, infelizmente, nossa sociedade brasileira ainda é marcada por representações diversas que relegam à mulher a condição de subalternidade em relação ao homem, se amparando na biologia para fundamentar para tal pressuposto, o qual vem, ao longo do tempo, se mostrando tão equivocado quanto falacioso. “Desse modo, considero que ser mulher é muito mais que possuir um órgão sexual e seios, é sentir-se pertencente a um universo de representações simbólicas que caracteriza esta identidade de gênero, não amparada na desigualdade de gênero e de sexo, e sim na diversidade!”, assegurou a pesquisadora.

Já a Historiadora e Cientista Social Simone dos Santos Borges desconfia que a mulher de hoje seja a mesma do passado, porém com outro olhar sobre a realidade que a cerca. “Acredito que as dinâmicas que envolvem este sujeito, na atualidade, fazem assumir papéis de mãe, amante, trabalhadora, intelectual, desprendida de normas e amarras de outrora que a impossibilitavam, sobretudo do exercício da sua liberdade e individualidade. Não consigo conceber a emancipação feminina como um processo de superação de limites ou conquista de papéis na sociedade. Somos representadas como sujeitos livres, independentes e que a cada dia afirma seu espaço.”, afirmou Borges. Então, para a historiadora, ser mulher é ser “um sujeito em construção”, que a depender da época e contexto em que estiver inserida assumirá diferentes papéis na realidade que a cerca.

Francisca Vasconcellos, mestranda em Desenvolvimento Regional e Urbano e Diretora Executiva do Instituto INTEGRO, assegura que a mulher de hoje busca ser dona do seu próprio destino, a partir da independência intelectual, emocional e financeira. “Não é à toa que as mulheres estão mais presentes nas universidades, é porque elas sabem que só se emanciparão da condição de objeto dos desejos e determinismos do patriarcado através da educação. A educação proporciona às mulheres condições dignas de trabalho, ainda que a desigualdade salarial de gênero persista, mas chegaremos lá, como temos feitos há séculos.” Francisca lembra que já conquistamos o direito de votar, de escolher e, principalmente, nos libertamos dos tortuosos cintos de castidade e espartilhos e de tantas outras formas de poder e violência a que já fomos submetidas socialmente e, infelizmente, ainda somos em alguns países fundamentalistas. “Nos resta, agora, conquistar a paz em nossos lares. A Lei Maria da Penha está em franca implantação e com a sua aplicabilidade certamente teremos uma sociedade mais justa e igualitária nas questões de gênero no nosso país.”, entusiasmou-se.

Vasconcellos pontuou que o maior obstáculo ainda é a miséria, a pobreza extrema e, sobretudo, a violência doméstica a que milhares de mulheres são submetidas todos os dias no Brasil e no mundo. “As políticas públicas voltadas para as mulheres são muito recentes e não são abrangentes. Não podemos desconsiderar que a mulher acorda e dorme trabalhando, seja no cuidado do bem estar dos filhos, na administração do lar, no atendimento aos desejos e necessidades dos seus companheiros, enfim, no trabalho doméstico que é invisível socialmente, ela ainda tem que contribuir para a melhoria da renda, muitas vezes no trabalho informal que também não lhe dá garantias de uma vida tranqüila. O fato é que suas próprias necessidades, desejos e sonhos estão sempre em segundo plano. Há muito o que avançar, é uma luta árdua, constante, cotidiana das mulheres de provar socialmente que a fragilidade feminina nunca existiu e que nada mais é do que um sofisma de uma sociedade construída em pilares do fundamentalismo religioso e da propriedade patriarcal.”, enfatizou Francisca.

Do alto de suas sete décadas, recém completadas, a mestra em administração Matilde Schnitman assegura que a mulher de hoje é a mesma do sec. XIX, a mulher de 30 - a ‘balzaquiana’ descrita por Honorè de Balzac: “Só que de terno masculino feminilizado - o ‘terninho’, que nada tem de terno (de ternura). Tanto quanto o espartilho, o ‘abafa fogueira’, o ‘esconde o pecado de ser mulher’. Hipocritamente masculinizadas ou, na melhor das hipóteses, amputadas na feminilidade para adentrar esse modelo fálico de sociedade, embora não mais precisemos do falo para exercer a maternidade, se a queremos. Ainda assim, subassalariadas porque mulheres são? É essa a mulher do seculo XXI? Ou são as meninas, adolescentes, travestidas de mulheres adultas, desfilando nas passarelas a meninice perdida a acender ganas sabe-se lá de que jaez? Talvez sejam aquelas de feminilidade adulterada, as "bombadas" via "bundox", "airbags" e outros que tais - as "cachorras", as "minas" os "aviões"... Contorcidas e contorcendo-se inclusive em poses submissas para alegrar? Satisfazer? "Piriguetes" par a salvar quem do perigo? Machos hesitantes necessitados de sexo "perfomático"?”, apontou Schnitman.

Ela complementou ver só isso na mídia, veiculado nas revistas, na televisão, na maioria dos programas "femininos". “Sem contar com aqueles que nos botam na cozinha para fazer comidinhas para eles ou enfeitinhos para o lar. Isso sem falar nos aglomerados frenéticos onde nossos jovens são comandados via telão. É isso que mostram aos nossos jovens rapazes e as nossas filhas e netas o que é ser mulher. Não por outro motivo a história muda só a embalagem. E se repete, se repete, se repete.”, explanou Matilde.

Ainda para ela as mulheres de verdade existem, mas a mídia as esconde. “São péssimos exemplos para uma sociedade que anda para trás, apesar de todo avanço. Sociedade que tem medo de mudar, que precisa mudar, mas luta para manter tudo como sempre foi e deverá ser! Tudo como antes, nos monastérios medievais. Apesar de tudo, sou otimista. Mais dia menos dia adentraremos, altaneiras, o século XXI. O que não sei é se terei tempo de ver acontecer.”, finalizou.