quarta-feira, 30 de abril de 2008

Nota de repúdio!!!

Ouvi há pouco a entrevista do senhor Natalino Dantas. Senhor, porque me recuso a chamar ou reconhecer esse senhor como professor, alguém que, à priori, deveria estimular conhecimento e propagar ética e princípios de igualdade, como deveria ser um membro de academia, formador de opinião, portanto!
As idéias racistas desse senhor, além do espanto - por estar em posição acadêmica privilegiada -, causou-me constrangimento. É inadmissível que uma pessoa como essa, com esse pensamento retrógrado, discriminador continue ocupando uma cadeira numa instituição de renome como a Universidade Federal da Bahia.
Acaso ele procurou saber quantos de nós nordestinos ajudou a construir cidades do centro-sul do Brasil e cidades em outros países? Quantos de nós ainda hoje o fazemos? Além do mais, instrumentos como berimbau e grupos culturais como Olodum são símbolos de nossas raízes e mantém a ancestralidade africana, herança de um povo que é responsável por mais da metade da população soteropolitana!
A discussão a respeito do resultado do curso acabou ficando em segundo plano. Ainda assim, a meu ver, é o tipo de avaliação cujo resultado deveria ser dividido entre docentes e estudantes.
Espero, sinceramente, uma atitude firme como resposta da Reitoria da Universidade Federal da Bahia.

Railzete Trindade
Mulher, negra, nordestina
Jornalista DRT/BA 2606
Especialista em Design de Comunicação Visual



Enviei o texto acima pra rádio Band News local e nacional após escutar na mesma emissora uma entrevista concedida pelo “professor” da Escola de Medicina da UFBA. O tema da entrevista era a nota 2 adquirida pelo curso numa dessas avaliações gerais que, sinceramente, não saberia dizer qual foi, Enade, talvez. Como coloquei na nota, virou coadjuvante.

Fico pensando como é possível uma altura dessas do campeonato ouvirmos expressões tão absurdas?! Palavras desse senhor: “se aqui tivéssemos a chegada de povos europeus, japoneses, ou outras contribuições culturais. Mas não tivemos e ficamos estagnados”. E ainda: “o Olodum não é uma escola de música. Aquilo não é música, aquilo é barulho. Não vejo eles tocando uma Mozart, uma coisa assim..”. “O berimbau, como instrumento de uma corda só, é típico de quem tem baixa de neurônios, se tivesse mais de uma corda, seria uma cítara, mais complicado de tocar, por exemplo.” E, pasmem para o melhor dos trechos: “credito o resultado dessa avaliação também a essa contaminação pelas cotas!”.

O que ele quis dizer com essa frase? CONTAMINAÇÃO PELAS COTAS? Será que estudantes negros, indígenas e/ou de baixa renda são a escória? Os verdadeiros representantes do fracasso do resultado da Escola de Medicina? Acho que pessoas com pensamento como este é que ajudam na construção desse processo histórico discriminatório, que, por vezes acreditamos estar vencendo.

Fico feliz por perceber que pessoas como professor Ubiratan Castro, doutor Almiro Sena, o Reitor Naomar Almeida Filho e outros tantos indivíduos, dessa que é uma cidade essencialmente negra, se fazem atuantes e se viram feridas em sua cidadania, indignados com tais atitudes tenebrosas!

terça-feira, 29 de abril de 2008

Deixa o menino

Às vezes as noticias, da forma como são passadas, dão um cansaço...! Hoje conversava com meu chefinho a respeito dessa balela com Ronaldinho. Chegamos à conclusão que nos sentimos ETs algumas vezes. Depois de umas duas horas ouvindo a mesmíssima coisa olhamos um pra cara do outro e dissemos: “mas que saco isso! E daí? O cara saiu, não saiu, caiu no trote, não caiu.” Qual é mesmo a influência básica que isso vai trazer no meu dia? Tá beleza, todo mundo tirou sarro, afinal como poderia haver tamanho engano: os traços, o gogó, o pé, a voz. Tem gente que não percebe mesmo (considerando-se que a história fosse essa!). Não lembram sequer que o cara tem um filho em idade escolar!
E entre mortos e feridos salvaram-se mesmo “as meninas” tirando fotos pra ganhar uma graninha mais tarde com a badalação e ainda seus simples 15 minutos de fama. Para variar, mais me impressionou a publicação do tal escândalo que as novas taxas bancárias que entram em vigor daqui a pouquinho. Eu hein?! Mídia, o quarto poder?

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Flor

Ouvindo Moska. Curto muito o som dele e faz é tempo que tô "de paquera" com suas músicas! Algumas letras dele me parecem tão familiares... Especialmente as que falam de amor. Estão perfeitamente contextualizadas em meu cotidiano. Recebi emails essa semana de duas figuras que namorei. A primeira voltou pro outro lado do oceano mas continua tomando conta. Gostaria muito de rever. Quanto ao outro cara, não pensaria duas vezes em mudar de calçada se o percebesse vindo em minha direção!

Reconheço que sou muito legal com as pessoas que atravessam minha vida amorosa. Sério. Não são palavras minhas, elas o dizem (depois, mas dizem). Cara, eu mando flores! Por essas e outras, na minha cabeça, cada relacionamento já nasce como forte candidato a ser um grande amor. Não o amor de minha vida, mas como diria outro libriano perfeito, “eterno enquanto dure”! É que cada um vai trazer sempre um detalhe diferente, ainda que em situações parecidas.

entrei numas de pensar nas tais figuras até hoje (ao menos até onde lembro!). Cheguei a conclusão que com alguns poucos teria algo mais sério, passada a fase do “fazer a corte”. Mas nem tudo são flores. Tenho um outro lado que ainda não consegui domesticar: se por alguma razão eu resolver que a figura já não é mais merecedora de meus suspiros, sonhos e poesias, é tchau e benção. Um abraço! Eu “mato do convívio” com a mesma facilidade que tomava conta. Espontânea como criança! Que nem esse que citei em alguma linha aí.

Tive um amor em especial. Quero dizer, mais especial que os demais em muitos aspectos. Será sempre o primeiro amor em tudo: no carinho, no toque, no cuidado, até mesmo no ciúme! Custou-lhe entender que mesmo quando acabo a relação, a amizade fica. Salvo raríssimas exceções, duas acho. Estivemos conversando esses últimos dias. Em pouco mais de dois anos nossas vidas mudaram muito. Disse-me que ficaria orgulhosa de como está conduzindo a própria vida. Fiquei muito feliz por saber que as coisas estão indo tão bem. Também continua sem ninguém. Por minha causa aprendeu a ver o que de fato interessa numa relação: o companheirismo.

Esse balanço só fez reiterar na cabeça minha filosofia de vida, adotada uns três anos atrás: se ainda não sei o que quero, o que não quero vai se tornando cada vez mais nítido! E, de fato, é assim. Se não me faz rir, não tem um papo legal (meio cabeção, até), por favor, espere a próxima. Não quero carro, nem mesmo um Deus de ébano com direito a tanquinho, bíceps e tríceps trabalhados. Mas se você é divertido, curte cineminha, barzinho, teatro, toca violão, percussão ou sax e (nota importantíssima) não é casado, noivo ou tem qualquer tipo de compromisso, mande um currículo que posso analisar cuidadosamente. Pensando bem, você não é um candidato, é um milagre!

domingo, 20 de abril de 2008

Da sedução que poder traz

Por certo o entendimento que temos e fazemos de filmes e livros depende de nossa instrução e contexto, bem como da maneira que nos vemos e colocamos no mundo. Algumas pessoas fazem a mesma leitura, outras tantas têm uma visão diferente. Nesse sentido a arte é, sem sombra de dúvidas, instrumento essencialmente democrático. Por semanas estive empurrando com a barriga assistir O último rei da Escócia. Acabo de ver. Estou impressionada sob muitos aspectos.

É aí que entra o contexto. Estou tentando montar uma boa proposta de pesquisa. Fazer parte de um movimento de resgate cultural no subúrbio me encheu de idéias. O início do filme me pareceu seguir esse caminho: um médico escocês, recém-formado, cheio de gás, querendo se divertir, mostrar serviço e se livrar dos pais. Ledo engano. De repente a trama (des)embaraça uma teia perigosa costurada pela sedução do poder e esperança alheia.

No início, a observação de que o filme é baseado em fatos. Era década de 70, Uganda, África. Desconhecia a história do presidente Amin. A imagem era de um homem prepotente, arrogante, seduzido pelo poder da aliança com as elites. Segundo o filme, os britânicos o colocaram lá e eles próprios o queriam tirar. Merece uma segunda análise, claro, ainda estou no calor do processo, digerindo a película.

Mais que me impressionar (mais uma vez) com a forma como a África foi sendo - e ainda acontece - devorada em sua riqueza, me assusta entender que os processos políticos são semelhantes em quaisquer lugares no mundo. Por mais que o filme tente deturpar a imagem de Amin (não sei a origem dos produtores do longa-metragem), as situações são bastante parecidas: desconfiar, passar por cima, tirar do caminho. A máxima do se não estão comigo, estão contra mim. Também o número de mortos aqui fora gritante nos tempos da Ditadura e até hoje pessoas continuam com paradeiro ignorado por suas famílias.

O médico também se deixou encantar. Tornou-se amigo (leia-se cúmplice) do presidente e gozou de todas as mordomias que poderiam vir a reboque, pensando tratar de uma simples troca. Ah, não vou contar mais, loca e faz sua leitura.

Quando acabou pensei em como facilmente nos tornamos massa de manobra. Às vezes, como na trama, perigosamente. Coisinhas cotidianas que quando nos damos conta estamos envolvidos até o pescoço, maravilhados, iludidos! É ano de eleição municipal. A atual gestão apontada e eleita pela mídia como a pior dos últimos tempos. Até que ponto isso não é criação dos meios de comunicação, também conhecidos como quarto poder? Até que ponto foi possível trabalhar sem aborrecer muito os poderosos a quem cabe, de verdade, o comando da cidade? Seria Neylton da Silveira, encontrado morto há pouco mais de um ano, a diferença na Secretaria Municipal de Saúde? De que lado estaria ele? Será que ele queria tudo certo ou na verdade queria mais poder?

Como não se deixar cativar, seduzir pelo candidato que parece falar com você, parece entender exatamente suas necessidades? Como ler as entrelinhas do discurso? Não tenho as respostas. Acho que ninguém as tem, contudo, me parece um exercício. Um teste de observação a cada eleição seja municipal, estadual ou federal. Também estou em processo de aprendizado. Oxalá o dia em que filtrar essas informações seja algo que a gente tire de letra!

sábado, 19 de abril de 2008

Repaginando meu tempo

É porque sou libriana, é porque sou menina criada com vó, sei lá. Na verdade, acho que é porque sou eu mesma! Não li Freud ainda, ao menos um trecho que explique isso, mas definitivamente organização não é o meu forte! Entretanto, descobri que opero no caos com facilidade. Demorei a entender isso, até.

Passei essas duas últimas semanas diagramando um jornal que à priori seria fácil. De edição trimestral, o jornal já deveria vir redondinho pra programação visual: textos e imagens, os espaços reservados às fotografias, as páginas definidas. Pois é, deveria. Por conta disso, é um vai-e-vem que no frigir dos ovos, a gente acaba fazendo uns 3 jornais e ganha pela edição de um único. Acho que todo mundo deveria ter um dia de diagramador na vida. Especialmente àqueles que vêm com o velho papo: “é fácil, é rapidinho..!”

O que ninguém entende é que quando se modifica o formato da imagem na página, por exemplo, se estava na vertical e depois de diagramado, vira horizontal, a gente tem que pensar a página TO-DI-NHA de novo. Aí é uma beleza: texto corre, falta ou sobra espaço, vai um calhal ae?! E lá se vão tempo e (muita, mas muita) paciência. Enfim, o caos!

A previsão era acabar a tarefa em uma semana pra. Ainda tenho uma revista pra começar, fora as minhas pesquisas que estão estacionadas. Desde o carnaval um feriado não é tão bem-vindo e oportuno. Estou tentando organizar e otimizar meu tempo. Ainda que não faça tudo que programei, uma boa parte pra começar. Pra quem começou usar agenda, acho que tá de bom tamanho!

360º

“Às vezes a vida parece tão injusta, não?” Quantas vezes já se disse isso? Não sei se é caso de justiça, mas é, no mínimo, curioso. Exatamente uma semana atrás estava comemorando a preguiçosa chegada de Vinícius Badaró. Como pequeno bom boêmio chegou pouco mais de meia-noite de sábado, quando Amigo Badaró e Dani preparavam as malas e sacolas pra cesariana. Acho que Vini não gostou muito da idéia, não. Caiu fora antes. Considerando que ainda tem aquela cara de joelho, peculiar de todo recém-nascido, ao menos as bochechas são do pai babão!

Dois dias depois, soube de uma amiga que havia perdido o bebê. Estava com pouco mais de dois meses de gravidez. Não foi planejado, mas a criança era muito bem-vinda! Lembrei de mim mesma. Há quase uma década passei por um aborto espontâneo, aos quatro meses de gravidez. Também não planejamos, mas estávamos curtindo. É uma hora em que nada do que é dito serve de consolo, em que a culpa é certa e é sempre nossa (em nossa cabeça). Isso porque ainda não falei do tratamento dispensado pelos médicos até que a gente prove que não provocamos nada.

Quando soube de Sandra imediatamente muita coisa ressurgiu. Tantas outras lembranças ficaram para trás. O fato em si, no entanto, não se apaga. Nenhuma mulher esquece o vínculo maternal por breve que seja. Não sei que tipo de mãe seria. Por certo muita coisa que tenho hoje ficaria em segundo plano, como a faculdade, por exemplo. Penso nas mulheres que não querem, rejeitam ou destratam seus filhos. Os agridem dentro do próprio ventre e, muitas vezes, carregam crianças deformadas pelo resto da vida por conta de tentativas de aborto mal sucedidas.

Ganhar, perder. Essas situações antagônicas encontram o tempo como única resposta ou refúgio. Para todos, entretanto, saúde é o importante. Para tentar de novo, para acompanhar, educar e ver crescer!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

“De bem com a vida”

Não sei quem inventou esse tal dia do beijo, mas aproveitei bastante! Beijei muito hoje: um irmão roubado, a mulher e o filho dele. Depois, não satisfeita, meu sobrinho, Gabriel, um primo, uma prima, uma tia, minha mãe. Ufa! O dia foi agitado. Mas já aprendemos a receita: é só fazer um feijão e dizer pra alguém da família. Logo aparecem. E TODOS DE UMA SÓ VEZ! Assim foi o dia em casa. As crianças correndo pra lá e pra cá, nós refletindo como nossas vidas mudaram com o passar dos anos.


Esse meu irmão roubado, Dan, é músico. Ainda sem formação acadêmica, mas apaixonado. Toca violão muito bem, canta melhor ainda e agora também compõe, digamos, profissionalmente. Tem uma canção tocando nas rádios interpretada pelo grupo RAPAZZOLA, “de bem com a vida”! É uma baladinha. Estamos torcendo pra carnaval que vem estourar. Tá bem divulgada. Fiquei lembrando nas horas que passávamos tocando flauta e escrevendo canções, lá pros meus 15, 16 anos. Dan devia ter uns 13, 14. Crescemos juntos, acompanhando muito da vida um do outro. Foi meu primeiro namorado e antes, além e depois disso, a amizade resistiu ao tempo e à correria.


Minha tia está aqui final de semana sim e outro também. Mãe é a irmã que mora mais próximo e como meus primos que ainda vivem com ela estão sempre na rua, acho que se sente sozinha. Esses meus primos, no entanto, os vejo de caju em caju. A menos que alguém precise de socorro. Aí eles chagam rapidinho. Mas se for só pra visitar...


Exercício de inglês, texto do projeto pra mestrado, diagramação de jornal e revista, texto pra projeto cultural. Tudo pra segundo plano. Afinal, quando teria novamente esse momento? Reunir pessoas tão ilustres e de agendas tão ocupadas? Agora estou aqui retomando devagar, ouvindo Rapazzola, revendo as fotos e filmagens e olhando o calendário pra esquematizar um outro feijão, uma lasanha, um cozido, quem sabe.


Dango, estamos sempre torcendo..

terça-feira, 8 de abril de 2008

“... escutar Gal e Tom: o que rolar é bom!”

Cheguei mais um dia de uma atividade que é desgastante às vezes, mas igualmente prazerosa: criar. Trabalhar com projeto gráfico, diagramação é cachaça! Isso aprendi ainda na faculdade, logo no segundo semestre. Em alguns momentos a mente simplesmente não funciona. Para essas horas o melhor é relaxar. Meu santo remédio é ouvir música. Eis que estava aqui ouvindo o Bossa Nova, programa da Globo Fm, toda terça, às 21h (se ligou no comercial?!). Entre as pérolas de hoje, Tom e Vinícius. Me deliciei. Uma, em particular quero dividir. A que ouvi era uma versão em inglês com Sting, mas nada como a velha (e bela) língua mãe!

Insensatez
Tom Jobim / Vinicius de Moraes

Ah, insensatez que você fez
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor
O seu amor, um amor tão delicado
Ah, porque você foi fraco assim, assim tão desalmado
Ah, meu coração que nunca amou, não merece ser amado
Vai meu coração ouve a razão
Usa só sinceridade
Quem semeia vento, diz a razão, colhe sempre tempestade
Vai, meu coração pede perdão
Perdão apaixonado
Vai porque quem não pede perdão
Não é nunca perdoado...

Não sei quem pariu, mas precisa ser balançado

Não agüento mais. Toda noite entro no meu quarto e lá estão eles, “de galera”: os malditos mosquitos! Não fico olhando muito pra saber se tem listras, a mim pouco importa e absolutamente tudo pode virar arma: chinelo, toalha molhada, roupa suja, jornal velho. Sem dó e sem entrar na “paternidade” da situação, se é municipal, estadual ou federal! Não vou entrar nessa seara ou servir de massa de manobra (ao menos, conscientemente!).

Quando tínhamos as estações mais definidas, esperava-se passar o verão e as coisas se acalmavam, mas agora... Não sou especialista, mas a meu ver existe uma conexão muito perigosa que envolve essa loucura que virou nosso clima e alguns hábitos que adquirimos, como por exemplo, jogar o lixo por aí, se amontoando pelas vielas da cidade, entupindo encanamentos. Com essas estruturas comprometidas, a cada vez que caem as chamadas chuvas de verão (em que cada pingo enche um pote!), temos o que vemos todo mês de março na soterópolis.

Eu morro de medo da dengue. Tenho uma razão muito justa pra isso. Pensando bem, duas. Já peguei por duas vezes! Imaginem? A terceira, é caixão, vela e estatística! É horrível perder totalmente o controle do próprio corpo, se sentir abraçada por uma jibóia e ainda rezar pra não ter seqüela! Aqui a gente ainda tem outra preocupação: Gabriel. A criança já é um porre pra comer, imagina com dengue. Daqui estou na neurose e não posso ver uma gotinha de água perdida em algum canto. Enquanto as raquetes elétricas não chegam, haja DETEFON AÇÃO TOTAL!

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Das coisas boas da vida

Fiquei pensando em Vinícius e me inspirei. Mas não é o de Morais e sim o Badaró, filho de Amigo Badaró. Está pra nascer a qualquer momento. Ficamos conversando mais de meia hora e Amigo Badaró me contava das expectativas - dele, da mulher, de toda família enfim -, com a chegada do primeiro filho. Sensações maravilhosas, contraditórias e extremadas: como esses serezinhos podem reunir tanta esperança, inquietação, curiosidade, felicidade, pânico e outras coisas, jogar tudo num caldeirão só, e não satisfeitos, depois que nascem, abrem aquele berreiro por qualquer coisa, em qualquer lugar e sem a menor cerimônia! Eram os pais quem deviam dar um grito daqueles! Era o mínimo pra desabafar toda essa tensão...

Fora o bate papo com Amigo Badaró, parei e revi tudo mais o que fiz e pensei nas outras coisas boas que fizeram parte do meu dia hoje. Do início: virei a noite de quarta para quinta preparando um material gráfico pra ser entregue em reunião na quinta mesmo. De ontem, quinta, pra hoje dormi pouco. Tinha um serviço rápido a ser feito logo pela manhã. Fui e fiz. Mal acabei esse e fui convocada pra outro semana que vem. Pra quem tava preocupada com trampo, isso é muito bom. Não vou relaxar, mas quando nada, vou diminuir a procura.

Trabalhei e almocei com amigos. Conversei com tantos outros, ainda que pelas infovias. Fiquei feliz com o resultado da assessoria do seminário e ainda estou colhendo os frutos! Depois de chegar em casa, bati um papo cabeça com meu sobrinho de cinco anos! Nossa, como ele conversa, não sei a quem saiu! Assisti meus jornais, mais papo com minha mãe e minha irmã. Um banho rápido.

Um pouco de vinho, as idéias aparecendo. Liguei Zé Paulo, botei um som: Jobim pra começar, Elis, Melô. Coisas simples não? Bastante acessíveis, acho. Como um dia bom traz aquele sentimento de renovação da esperança, a crença que no fechar das cortinas tudo vai dar certo ou que as coisas se arrumam, se ajeitam. (Re)começar!

Vini, saúde e paz são as coisas mais importantes. O resto é conseqüência!
Seja muito bem-vindo a esse mundinho louco, mas incrível e igualmente bom!