sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Devolvam meu folclore, não quero seu Halloween!

Tava ouvindo rádio mais cedo e lá pelas tantas o locutor falou dos preparativos das escolas para a festa de halloween... Foi quando me dei conta de que as lojas estavam sim exibindo nas vitrines máscaras horrendas, chapéus de bruxa, vassouras, chapéus com facas enfiadas, um horror...

Me dei conta também, puxando da memória (de capacidade por vezes duvidosa), que em agosto, mais precisamente dia 22, fora a escolinha de Gabriel, não lembro de citações ou manifestação folclórica.

Mas pra onde foi mesmo o saci? Com uma perna só não deve ter ido muito longe, né não?!! “Ctrl” C, “Ctrl” V, de quê mesmo que se faz aqui? Se a gente não conhece a nossa, como copiar sem critérios, elementos da cultura dos outros?

Temos tantas histórias interessantes pra contar, os famosos “causos”, nossas lendas: Boto, Curupira, lobisomen (se é pra dormir assustado, que seja com nossas histórias afinal). Não entendo essa necessidade de trazer contos que não nos dizem nada... É como usar uma blusa xadrez com amarelo e vermelho e uma calça xadrez com marrom e cinza... Que combinação?

Me chamem de saudosista mais uma vez, mas não troco ter saído fantasiada, trocentos anos atrás, num desfile de rua da escola, pra curtir uma festa à meia-noite, com um Fred Kruger atrás de mim.... Eu hein?

Ah! Se vocês soubessem o que eu sei...

Acho que se as pessoas soubessem como é difícil e às vezes doloroso escrever ou simplesmente noticiar alguns fatos elas seriam mais cautelosas...

Elas obedeceriam as regras simples de trânsito e verificariam as cores dos semáforos antes de passar, atravessariam nas faixas, não falariam ao celular enquanto dirigem, usariam capacetes e cintos de segurança...

Se imaginassem como cansam as mesmas noticias tristes e doloridas não reagiriam a assaltos, evitariam ostentar seu luxo e riquezas em lugares e momentos pouco oportunos...

Se tivessem a mínima idéia de como a miséria e degradação humanas rendem notícias e aumentam (mais) os valores no bolso de quem já tem muito dinheiro, planejariam melhor seus filhos: quantos, como e em que condições

Ah, se todos soubessem...

sábado, 25 de outubro de 2008

cheirinho de coisa nova

Parafraseando Moska, "tudo novo, de novo...!". Lembrei de quando mãe levava a gente pra comprar o material da lista da escola. Livros, cadernos, lapiseiras, lápis de cor, mochilas. Hummmm... Tudo tinha aquele cheirinho de novidade e as expectativas de mais um ano de aprendizagem.

Aliás, nada como novidades pra dar um gás na vida, não? Novos projetos, novo curso, novos amores...

Um friozinho na barriga? Sempre! É sinal de que estamos vivos, abertos a novas experiências, mas, sobretudo, sempre buscando o melhor.

E, às vezes, um certo ar de mistério quanto a essas novidades também é bom...!

Em contagem regressiva...

domingo, 19 de outubro de 2008

Dor de amor, dor de saudade

Eu pensei em comprar algumas flores
Só pra chamar mais atenção
Eu sei, já não há mais razão pra solidão
Meu bem, eu tô pedindo a sua mão

Então case-se comigo numa noite de luar
Ou na manhã de um domingo à beira mar
Diga sim pra mim
Case-se comigo na igreja e no papel
Vestido branco com bouquet e lua de mel
Diga sim pra mim
Sim pra mim

Eu pensei em escrever alguns poemas
Só pra tocar seu coração
Eu sei, uma pitada de romance é bom
Meu bem, eu tô pedindo a sua mão

Então case-se comigo numa noite de luar
Ou na manhã de um domingo a beira mar
Diga sim pra mim
Case-se comigo na igreja e no papel
Vestido branco com bouquet e lua de mel
Diga sim pra mim
Sim pra mim

Prometo sempre ser o seu abrigo
Na dor o sofrimento é dividido
Lhe juro ser fiel ao nosso encontro
Na alegria, felicidade vem em dobro

Eu comprei uma casinha tão modesta
Eu sei, você não liga pra essas coisas
Te darei toda a riqueza de uma vida
O meu amor

Então case-se comigo
Case-se comigo
Case comigo meu amor!

Diga Sim Pra Mim
Isabella Taviani

Sua excelência, o eleitor

Uma semana apenas nos separam do novo ou renovado dirigente municipal. Salvador é uma das cidades onde vai haver segundo turno e a briga tá é boa. Quero dizer, a disputa, garantem as pesquisas, está bastante acirrada. A mim, pouca diferença anda fazendo. Me sinto tão descrente que vejo pouca mudança de um candidato pra outro. E, bem sei que uma leva compartilha de meu pensamento.

Esse sentimento cresce a cada vez que preciso conhecer alguma comunidade, ouvir os reclames de quem precisa de coisas básicas como água e rede de esgoto e diz já ser conhecimento “das autoridades”. Conto nos dedos situações durante esses meses que trabalhei pelo jornal que favoreçam esse ou aquele candidato.

Campanhas de baixo nível, muita sujeira nas ruas, propostas vazias, jingles que provocam dor de cabeça mais que lembranças. Vou estar no plantão do jornal mais uma vez, correndo as ruas e constatando também o quanto somos o reflexo do que está lá: nas câmaras, nos gabinetes, nas residências oficiais. Fazemos as mesmas coisas em menor ou maior proporção: infringindo regras, violando leis em prol do próprio bolso, usando o que é público em benefício próprio. Um verdadeiro efeito cascata, em proporção de uma bola de neve.

Mas domingo tá aí. E a gente que não saia pra escolher um deles. Rezo pelo dia em que votar seja facultativo!
é

“Viciosamente, sem prazer...!”

Passavam das quatro da manhã e eu passava uns arquivos do PC – paulo – para o NOTE – Marley. Claro que botei um sonzinho. Lobão. Lá pras tantas ele avisa: “as pessoas enlouquecem calmamente. viciosamente, sem prazer!”, daí pensei nos meus dois últimos dias no “maior jornal do norte nordeste!”. Caramba, redação pode mesmo ser um problema na vida de qualquer jornalista. Que estressante!

Ivete (aquela mesma, a Sangalo) resolveu ser mãe. Massa, pra ela. Na mesma hora acontecia enterro de um jovem que fora assassinado por policiais. Advinha o que foi notícia? Não consigo entender as prioridades! Assim também foi anos atrás quando Xuxa achou um reprodutor. As câmeras voltadas para a hora do parto, não viram o sistema de telefonia brasileiro ser vendido e, segundo especialistas, a preço de banana! E estamos nós hoje nesse caos que é o sistema telefônico. Cada um mete a faquinha como convém.

Outras coisas me dão certeza do que fazer com o jornalismo que aprendi nas salas de aula. Muitos projetos em vista. Meus, com amigos, trampos variados e, possivelmente, mais divertidos. Quando nada, menos estressante que o jornalismo de um jornal diário. Aliás, bem diferente do que é passado nas salas de aulas da faculdade. É como se passássemos quatro anos estudando e quase tudo fosse destruído em função do tempo escasso pra dar a notícia, em função da voracidade da concorrência de mídias eletrônicas e/ou outros veículos. Enfim. Tá no final do expediente e experiências são sempre válidas.

O sol sem brilho

Hoje fez um dia tão lindo. Não havia uma nuvem no céu, o sol brilhava forte, o calor não estava sufocando. Quando acordei passavam das dez. Deitei um pouco antes, ainda transferindo os arquivos para Marley. Fazia tempo que não me sentia tão cansada e por isso, apesar da beleza do dia, preferi ficar em casa, vendo TV (ao menos o que restou da programação de qualidade no domingo).

Depois de muito até achei umas coisas boas: Um programa da educativa sobre responsabilidade social, um programa sobre o sistema de tratamento psiquiátrico brasileiro, o finalzinho de um especial sobre Guimarães rosa e, por fim, um musical sobre músicos latinos, gravado em Brasília. Fora o de responsabilidade, os demais passaram na TV senado. Fiquei surpresa. Minha visão preconcebida do canal até se desfez em parte.

Apesar de toda a aparente calmaria, uma tristeza insistia em sombrear. Lembrei da carga da semana, todas as notinhas que fiz. Um bebê abandonado e cortado na garganta pela mãe, uma mãe cujo o filho foi assassinado por policiais e me pedia pra fazer alguma coisa e ontem, no plantão, o desfecho triste dos jovens na cidade de Santo André, em São Paulo. Tenho uma tia que sempre diz que a gente não deve ter pena, se impressionar ou mesmo comentar casos como este. Existe muito mais do que nossos olhos mortais podem alcançar, diria ela. Até concordo. Creio mesmo no resgate de nossas dívidas passadas. Mas enquanto sou, estou nesse mundinho, por vezes é difícil não se abater.

Subi pra ver o sol cair. Há tempos não fazia isso. Enquanto contemplava a exuberância do espetáculo e fazia algumas imagens foi impossível não pensar nas três famílias, pelo menos, para às quais a visão poética e privilegiada da minha varanda não fazia diferença alguma. Ao contrário, até devia doer.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Não quero ser sempre 100

Quando freqüentava um centro de estudos espirituais havia uma frase recorrente: "quanto mais lhe é dado, mais será cobrado". Não sei a quem pertence, mas o autor concordaria com meu ponto de vista, acho. É impossível ser 100% sempre! Só que aí, ser 95% pode não agradar... Não é suficiente. Ora bolas, quem disse que era minha pretensão acertar sempre?!

Quando se é bom no que faz, quando se faz com prazer, acaba sendo matemático sobressair. Quando a libido intelectual não está a todo vapor.... È como um desses dias em que o melhor é nem sair da cama! E assim foi meu dia, quando quase nada funcionou, por mais que tenha estudado pra fazer o que faço, por mais que tenha tentado, simplesmente não subiu!!

Marley, seja muito bem-vindo, meu querido!!!

Queria apresentar o mais novo membro da minha família eletrônica, mas ainda não o fotografei...
É lindo, compacto e vai me quebrar muitos galhos (bom, ao menos essa é a finalidade de um notebook).

Estou pensando em fazer um seguro... ANTI SOBRINHOS, IRMÃS, CACHORRO, ÁGUA, NESCAU, ETC...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Quando as engrenagens não funcionam...

Aprender vale ouro!
Um estranho clima me dá mais certeza.. Muitas vezes o silêncio é sinal de sabedoria... É quase ouro. Aprender a se fazer de muda, surda e cega tem suas vantagens...