Umas duas semanas antes do carnaval tive um piripaque no olho esquerdo. Já tinha passado por essas crises oculares que se apresentam sempre que desenvolvo uma combinação perigosa: estresse em alta X imunidade em baixa. É batata! O olho fica da cor de um tomate. Aí é repouso, muito colírio, às vezes um corticosteróide (uma dessas substâncias que detonam o organismo da menina criada com vó aqui).
Antes dessa crise, fui aconselhada pelo médico a investigar a recorrência do problema. Mas, como sempre, melhorei e voltei às atividades corriqueiras. Paguei por minha ignorância. O problema, agravado, escondeu uma deficiência adquirida por um vírus em algum momento de minha infância, cercada de gatos e cachorros. Assim descobri que tenho uma uveíte, por conta de toxoplasmose, muito provavelmente, transmitida pela urina de gato.
Não tem cura para isso, mas há tratamento. A principal forma de evitar outro transtorno é ir ao oftalmo a cada semestre. Por conta da última crise, uma inflamação se instalou e praticamente dobrou meu grau de miopia no olho doente. Dias de dor e repouso absoluto e forçado: sem trabalhar, sem tela de computador ou televisão, sem jornal impresso – nem mesmo pegar por causa da tinta –, leituras, poeira, peso, estresse ou aborrecimentos (mal sabia o médico que essas limitações já me causavam estresse e aborrecimentos!)
Pouco mais de duas semanas fora do ar serviram pra repensar como tenho agido com minha saúde. Uma certa dose de negligência. O susto de achar que estava começando a perder a visão (afinal há casos de diabetes, pressão alta e glaucoma na família) impulsionou uma reforma de pensamento, mas, sobretudo, de atitudes. Quem viver, verá!
Seguidas as orientações de dr. Max, um colírio pra o resto da vida e uns 2 mil reais de novos óculos – graus nos de sol, inclusive – estou retomando os trabalhos e as atividades cotidianas, tentando deixar a pressa e a urgência ditadas pelos clientes.
Finalmente vou começar a cuidar mais de mim!
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