Aprendi a mergulhar de cabeça em tudo com o entusiasmo das crianças. Logicamente corro riscos que me fazem pensar em ser mais cautelosa numa próxima vez. Mas, só penso. Afinal de que vale viver receosa de tudo e todos? Tamo vivos no mundo, vamo viver, oras! Já pensaram na tragédia que seria nos fecharmos a cada coisa que não saiu como planejamos (se é que se pode prever tudo na vida)? Conheço pessoas assim: se sair uma vírgula do esperado, do que fora calculado, tá feito o drama. Também conheço outros de minha laia. Sempre se jogando: amor, amizades, trabalho, o que vier.
Na segunda fui ver (mais) uma exposição de fotos de meu companheiro Marcelo de Trói. Celo dispensa comentários ou reiterações a respeito de seu talento (em tudo que faz). Quando o conheci, ele estava editor de um suplemento que eu diagramava. Depois conheci o fotógrafo, o ator, o poeta, o instrumentista, o roteirista, o produtor, o jornalista, o humanista, o escritor (tô sem fôlego e tomara que não tenha esquecido nada!). Às vezes me pergunto a que horas essa criatura dorme, gente!! Logo também conheci o homem, o amigo, o companheiro. Em todas essas “funções” ele está de fato. Corpo, coração e – sobretudo - alma. Celo é dos meus e a gente se compreende cada vez mais.
Também tenho escutado bastante Bob Marley. Vejo algumas apresentações e comentários sobre sua obra. É unânime: era mais um da casta. Ele acreditava na causa e não media esforços nem desanimava à toa. Suas letras tratam quase sempre disso. Não desanimar da luta, não desistir! Nem é preciso ir tão longe. Alguns dias atrás conheci Lazzo Matumbi. O negão é show de bola! Nem precisamos conversar muito pra eu reconhecer nele mais um destemido nato. Suas idéias e ideais. Acreditava com paixão no que vale à pena: tudo na vida!
Penso nessas pessoas que gastam um tempo danado com as variadas maneiras de sentir receio, mas cada um no seu momento. Nem sempre fui assim também (ainda bem que a gente cresce!). Nosso tempo é curto e não dá pra ficar perdendo oportunidades assim à toa. Se acredita, arrisque, experimente, se jogue meu velho!
Um comentário:
Sabe amiga... suas palavras nesse último texto caíram como uma luva nos meus pensamentos nestes últimos dias. Eu não sei exatamente quando na minha vida comecei a pensar assim, em viver tudo como se fosse a última vez e aproveitar cada segundo daquele instante nunca mais voltará. Lembro que no início até fiquei meio paranóico, queria viver muita coisa ao mesmo tempo e acabei me dando mal em algumas situações. Mas hoje sei, como bom pisciano, que não saberia viver de outra forma. Pessoas muito próximas a mim vivem num eterno ideal de planejamento, em que para qualquer decisão precisam arquitetar um plano infalível, que na maioria das vezes se torna falível. Eu não, eu vou até as últimas consequências e pago pra ver. Sofro com isso, mas pago pra ver. Um sofrimento necessário, eu diria. Até admiro as pessoas que conseguem viver assim, eu gosto de viver o momento e pronto. Ahh... pensei no Claudinho hoje, acho que ele era assim, gostava de viver intensamente. Como nós, né? beijos...do amigo Badaró
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