quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Minha grande família

Esse vai ser bacana escrever. São quase duas da manhã e acabei de voltar de uma farra! Plena terça-feira (quer dizer, não sei quem inventou dia específico pra fazer farra!). Bom, de fato, agora já é quarta. Pois bem, ontem foi aniversário de mãe. 57 aninhos. Oras vivido intensamente, outras vezes nem tanto.

Desde semana passada minhas irmãs e eu pensávamos no que fazer já que estaríamos todas as “pionas” trabalhando. Ela, como costumeiramente não foi pro serviço. Faz isso desde que me entendo por gente. Disse que não queria nada, só as crianças em casa até o horário de cada uma sair pro trabalho. Deu banho em Rafão (nosso pastor alemão), lavou roupas, atendeu um monte de telefonemas, conversou com o vizinho, cuidou de Angélica e Gabriel, “tudo sempre igual”. Eis que chegou o pretendente a genro, uma tia minha e foi suficiente pra mãe mudar de idéia. Já queria saber a que horas cada uma ia voltar além de meu pai. Resolveu que íamos sair à noite.

A noite foi muito boa e acho que bastante significativa pra ela. Rimos, nos divertimos. Tudo bem família como ela gosta. Nem sempre foi assim. Fiquei pensando como minha relação com minha mãe mudou. Especificamente falando. É que minhas irmãs tinham/têm uma maneira muito fácil de lidar com minha mãe. Obedecem e pronto. Eu não. Quase sempre batendo de frente. Brigávamos muito. Minha relação maternal sempre foi muito bem resolvida com minha avó, mãe dela. Era pra ela que corria quando chegava da escola. Até porque minha mãe quase nunca estava. Trabalhava para sustentar a nós três. Cobrei muito, mas com o tempo compreendi isso.

Às vezes olho pra ela e percebo uma certa tristeza no olhar: distante. A idade, os problemas de saúde, as noites mal dormidas, a decepção com a polícia, corporação pela qual entrou apaixonada. Por vezes parece que minha mãe perdeu o brilho. Mas essa noite não. E foi tão fácil. Era só um pouco de atenção. Me senti bem ali naquele momento. Acho que todos nós. Foi uma festa. Uma festinha particular pra dizer o quanto ela é importante pra nós. É que às vezes, com tanta coisa, a gente se esquece!

Fico pensando no passar do tempo. Coisas que nos machucavam antes, hoje não fazem o menor sentido. Outras que é preciso somente ter. Pensei novamente na facilidade que foi deixar as mágoas e tristezas no passado. Nosso relacionamento parece afinal ter encontrado um rumo. E eu me sinto bem com isso.

Um comentário:

Anônimo disse...

e porque não me chamou pra farra? era coisa familiar né? ah! bom. menos mau. hj a noite, as 20h, na Walter da Silveira, vai passar nosso filme. venha ver. bjs