Ah, como invejo a liberdade das crianças dentro de um ônibus. Sobretudo se estiver lotado! Começou sufocar elas abrem o berreiro sem cerimônia. Esses dias que tenho saído cedo comecei prestar atenção nos pimpolhos da madrugada. Se encontram um espaço, por menor que seja, sempre se ajeitam. E, como os anjos protegem as criancinhas, sempre tem uma alma bondosa pra pôr no colo ou dar uma chegadinha pra lá.
Ao meu lado semana passada sentou-se uma mãe com um bebê de uns 3 meses aparentemente. De uma bolsa pequena ela tirou tanta tralha! De repente ela sacou uma mamadeira e insistia em dar à criança. Ela repetia: “come filho, não comeu nada hoje!”. Fiquei pensando, nessa idade, qual o bebe que rejeita comida? Enfim, ele comeu. Depois, perigo à vista: a mãe queria brincar e começou sacudir aquela bombinha relógio. Bem lembro Gabriel. Logo após a mamadeira, o mingau devolvido era batata. O problema é que ela estava do meu lado e eu ia para o jornal.
Final de linha, Estação Pirajá. Eu estava ilesa e limpinha. Tomei outro ônibus. Mais crianças. O que afinal esses meninos tanto fazem na rua antes das 8 da manhã? Pô, mas que castigo...!
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