sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Do pêssego ao maracujá (e sem traumas)

Dia desses minha irmã gritou lá da sala: “aí hein Rainha, já tá hora de começar usar RENEW!”. Eu, pronta e sabiamente respondi que não esquentava com essas coisas e que sempre passo por mais jovem que ela em qualquer situação. A filha da mãe, cara-dura é só um ano mais nova que eu. Bem pouco, podia ter ido dormir sem essa..!

Bem diferente de mim, ela sempre se preocupou com os tais efeitos do tempo. Mas quer saber? Pra que essa correria maluca se a lei da gravidade é certa e líquida? Botox, fios de ouro, levanta daqui, estica dali, tira, põe. Haja dinheiro (e coragem, afinal é um procedimento cirúrgico)! É uma pressão horrorosa! Não entendo o porquê de tanta preocupação, afinal a gente começa envelhecer desde que somos um óvulo invadido por um espermatozóide. E de repente, uns aninhos mais tarde, a coisa toda pode tomar uma proporção sem precedentes.

Já repararam as campanhas das empresas de cosméticos? Os produtos causam verdadeiros milagres. Um simples sabonete, um creme. Usados por algumas semanas eliminam marcas no rosto e mãos. Outro que usado por um período pode trazer, como efeito, um bronzeamento quase natural. Que tipo de droga pode estar contida nessa substância pra causar tal reação química no corpo?!

Eliminar estrias... Que sonho..! Essa eu queria ver. Tenho muitas!! Isso não existe. Atenuá-las, sim é possível. Sem contar os equipamentos que te “poupam” horas de academia. Mas aí, pro resultado ser perfeito, é preciso comprar um gel redutor, um pote não sei de quê, guia de alimentação e mais umas trocentas tralhas. Ora, me deixe! Pagar pra tomar choque, dormir lambuzada e comer só folha!

Não lembro de grandes preocupações com o efeito do tempo. Ao contrário. A partir dos vinte e cinco, acho, comecei ficar ansiosa. Sempre olhei as mechas grisalhas que apareciam nos cabelos de minha mãe e me perguntava quando chegariam as minhas, se iriam ficar daquele jeito tão perfeitas. Namorava cada fio branco que me nascia na cabeleira. Sempre se quebravam depois.

Claro que penso nas marcas de expressão que surgem no meu rosto, mas acho que a saúde deveria ser o principal nessa inquietação toda. Isso venho me cobrando. Não faço exercícios (adoro minha cama!), durmo cedo (nas primeiras horas do dia!), trabalho muito tempo sentada em frente a um computador, minha postura é péssima, quase sempre lembro de comer quando sinto fome (leia-se: quando estou morrendo de fome!). Aliás, falando nisso, adoro comer e não me esquento de bater um bom prato de feijão antes de dormir, não.

Ah, mas peraí, me dêem um desconto. Nem tudo é coisa errada no meu dia. Não sou fã de sanduíches, bolachas recheadas, bombons ou refrigerantes. Como frituras de caju em caju. Não curto muito carne vermelha (êpa, mas não significa dizer que não consuma nunca essas coisas). Se tiver algo a fazer num prédio, até o terceiro andar, subo e desço as escadas (estando de tênis vou até mais longe). Adoro alimentos integrais, frutas e saladas. Tomar café é uma raridade e odeio qualquer tipo de cigarro. Lógico, tem a boa roska e vinho vez em quando que não sou santa (nem quero!). Além de tudo, não perco meu humor assim à toa.

Sempre ouvi que a chegada dos trinta anos muda a cabeça de uma mulher. Ainda tá cedo pra constatar, faz um mês agora. A verdade é que fisicamente me sinto bem desde muito antes. Tenho tido uns piripaques vez em quando, mas acontecem quando estico demais. É maneira que o organismo tem pra me pedir uma parada nos boxes.

Tudo bem, deve estar pensando: “exatamente do quê essa magrela tá reclamando?”. Sempre oscilando entre 48 e 50 kilos, medindo 1,62 e com essa cara fresca aparentemente não tenho do que me queixar, né? Errado. Ou melhor, certo. Não me queixo mesmo. E quando a famosa barriguinha despontar, chegou a hora dela, afinal os efeitos do vôlei e demais exercícios praticados na época do colégio não podiam durar pra sempre. Mais estrias? Ótimo. São minhas. Rugas, pés de galinha, cabelos brancos? Venham todos. São parte de mim, parte do que vim acumulando de bom e de melhor por toda vida. São o registro de minha história!

3 comentários:

Anônimo disse...

Olá amiga...

Eu ainda não cheguei nos trinta, faltam ainda três anos, mas apesar disso as marcas da idade já começam a aparecer. Na verdade nunca me preocupei tanto com isso, mas a vida boêmia que eu levei durante esse tempo deixou alguns efeitos, lá isso é verdade. Mas acho que ainda estou bem comigo mesmo, tirando as entradas que estão cada vez maiores...rsrsrs (sem traumas!) E hoje frequento a academia pelo menos três vezes por semana...eu chego lá!

Juca

Anônimo disse...

:-)
:-)
:-)

Anônimo disse...

Obrigado por Blog intiresny