sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Espiadinha noturna

Tinha tido um dia daqueles: mais uma proposta de trabalho, mais uma entrevista, uma aula cancelada quase na hora de começar. Precisava relaxar e esquecer que meu porquinho tá quase morrendo de inanição. Queria acabar meu dia com uma coisa boa, diferente. Tocou uma canção que gosto muito e fazia tempo não ouvia. Dizia assim: “O luar, do luar não há mais nada a dizer, a não ser, que a gente precisa ver o luar”. Aí, seguindo tais palavras de nosso ministro/cantor Gilberto Gil, ontem parei pra ver o eclipse.

Não sei quais modificações celestes, astronômicas ou cósmicas acarretam um eclipse lunar, mas que é bonito, é. Depois de ouvir que só se repetiria em 12 anos, convidei minhas irmãs a assistirem também. Mas, digamos que o horário delas não é o meu. Estavam cansadas.

Faltando pouco para meia-noite a lua sorria aquele risinho de canto, já encoberta. O céu, estrelado, completava a paisagem. Daqui de casa se tem uma vista privilegiada: pôr-do-sol, lua cheia, céu carregadinho de estrelas... Talvez pra amenizar a distância pra qualquer lugar na cidade, uma espécie de compensação por morar lá longe!


Gostoso ver aquela transformação estranha de cores. Pensei em outros espetáculos que a gente normalmente não vê na nossa correria cotidiana: sol caindo ou nascendo, lua saindo, maré enchendo, flor desabrochando. Eu sei, deve tá pensando: “quanto romantismo... e quem se lembra de ver isso”, né? Eu lembro (tenho feito esse exercício vez em quando). Garanto que a gente consegue desligar um pouco. E, aproveitando que a lua tá cheia a partir de hoje, dá uma espiadinha. Depois me conta se valeu ou não à pena 10 minutinhos desplugados de problemas e preocupações.

Imagem: Banco de imagens Google

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