Quatro da manhã e cá estou eu, o velho e bom Roberto Carlos e Zé Paulo, companheiro de guerra e noites de trabalho. Agora os dias também. É que passei o dia escrevendo minha proposta de mestrado pra apresentar às minhas queridas e pacientes professoras Matilde e Vera Brito. Elas vão tentar salvar as maluquices que botei no papel. Brincadeira...
É, eu sei que prometi que esse ano estaria preocupada em fazer dinheiro, não ia tentar mestrado ou afins, mas apareceu essa fundação que dá prioridade a negros, nordestinos e quem não puder bancar o curso. Como diria uma amiga, só faltou ter meu nome na cadeira! Se abrissem mais o leque e descobrissem que ainda sou torcedora do BAÊEEA então... Enfim, não dava pra deixar essa chance pro ano seguinte. A hora é agora!
Em letras miúdas, a nova proposta que estou escrevendo é sobre a trajetória do povo negro desde os tempos de colônia e como hoje ainda, por diversos fatores, parecemos aquilombados. Então passei ainda pelo processo de exclusão e discriminação a que fomos submetidos. Ainda ontem uma colega do blog do inglês postou um texto em que se diz desapontada pela intolerância de alguns americanos com os brasileiros.
Passada quase uma semana das infelizes declarações do “coordenador” da Escola de Medicina da Ufba, e pior, dos protestos de apoio ao “professor” no site da emissora ratifico o que respondi a Zeny, em nosso blog de estudo: a tolerância não é possível. Um verdadeiro regime democrático é uma piada! Não estou sendo radical, mas creio que democracia e tolerância estão fundamentadas em respeito (e mútuo!).
Acabo de ouvir a dúvida de uma mãe que descobriu que o professor do filho é homossexual. Ela, que já achava estranho o fato de o professor nunca passar atividades pra casa, descobriu também que ele mantém um site de relacionamentos e começava a duvidar da capacidade dele de lecionar por conta da orientação sexual! Também tinha receios no que diz respeito a assédio sexual. Ora bolas, onde vem escrito que todo homossexual é assediador, por exemplo? Assim começam, infelizmente, a construção de estereótipos.
É triste compreender, à medida que se estuda, quão mesquinho o ser humano pode ser às vezes em julgar a capacidade dos indivíduos pela cor da pele, crença, orientação sexual, lugar onde nasceu. É triste ver ir por terra ideais de respeito como os iniciados por Martin Luther King Jr., Gandhi, Malcom X, Betinho, Marley e tantos outros!
Um comentário:
Thanks :)
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