segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Subtraindo os estereótipos

Gosto de novelas. Prefiro as de época ou aquelas levemente açucaradas: mocinha, bandidos, final feliz. Só podiam me poupar daquele bando de mulher grávida no final. Mas, vem no pacote, fazer o quê? Gosto também da produção global, não há como negar, os caras sabem fazer mesmo! Embora, tenha que admitir que a Record tá encostando e investindo pesado. O problema é que os enredos não acompanham o ritmo. Questão de tempo, creio.


Tenho visto quase assiduamente a trama das 19h – que agora é 20h – da globo. Aliás, venho assistindo desde o começo. Lembro que gostei da ideia de falar de arte nesse horário. Também achei curioso fazer um macaco pintar.


Agora, já na reta final, fico atenta aos estereótipos que ela traz. A informação que a população menos atenta consome. A ideia do macho provedor, passada por Gabriel; a empregada negra que servia de objeto sexual do patrão; o médico negro, mas envolvido em falcatruas; os baianos preguiçosos ou boa vida de sotaque horrorosamente inventados; a mulher de meia idade que não pode amar de novo porque “está velha”; o jovem negro, não aceito pela família da mulher, que quando faz amor com ela, abala as estruturas da casa; a jovem negra que mesmo depois de descobrir que é rica, continua correndo atrás do branco filho da ex-patroa.


Com tudo – e apesar disso –, é fácil assistir e extrair o entretenimento da trama. Gosto mesmo de quando o macaco aparece. Sempre dando nó nos seres humanos, que se julgam  tão espertos...

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