sábado, 29 de setembro de 2007

De volta ao nosso paraíso tropical

Como invejo os autores de novela! Por pior que seja a trama, no fim eles sempre conseguem público fiel. Todas as Helenas boazinhas de Manoel Carlos (e quase carimbadamente as mesmas carinhas de Regina Duarte!) e todos os vilões miseráveis e gananciosos de Gilberto Braga, contaram com uma torcida leal. E quando a assiduidade do público começa meses antes do desfecho, então? É o meu caso. Aliás, é o caso de todo mundo aqui em casa. Faltando pouco pra acabar a gente resolve assistir. E aí é um desespero: toma perguntar quem faz o quê, quando e por quê.

No caso específico de Paraíso Tropical, achei o conto absurdamente nojento no início. Sério. Aquela gana de poder de Olavo. Taís (que sei lá o quê, a tenha!) é gente rúim, rapá! E Evaldo? Como alguém podia ser tão ingênuo! Ana Luisa? Eu sou devagar, mas ela... Pior que foi esse o motivo pelo qual comecei assistir toda noite. Queria saber até onde iam esses e outros personagens de (mais uma vez) Gilberto Braga.

E, então, eis que quase vinte anos depois tínhamos mais um caso tipo Odete Roitman (Essa vi a reprise, mas não suficientemente atenta. Depois os noveleiros de plantão confirmam as contas e o nome).. É de dar os parabéns os autores de paraíso. Mesmo no derradeiro capítulo ainda tinham bala na agulha no quesito mistério. Não foi tão previsível e graças a Deus nos pouparam daqueles montes de barriga e casamentos costumeiros.

Olavo, hein? Tirado a serial killer, um verdadeiro cavalo do cão... ó paí, ó!! Não achei que fosse ele por ser muito óbvio! Mas até ficou interessante toda a motivação. Ivan, coitado, nasceu rico e morreu pobre-menino-rico. Nem tinha entendido porque ele morreu, mas pensando melhor, se ele andava na praia a trama inteira, sem ter grana, imagina e bagaceira? E Gilberto queria mesmo uma lição de moral! Conversinhas hipócritas lançadas ao ventilador.

Falando em coisas lançadas ao ventilador, achei até que tinha batido o dedo sem querer no controle remoto e chamado o canal da TV Câmara. Infelizes semelhanças, coincidências... Sustentada por um Senador, Bebel era uma mulher depondo, tentando explicar contas pagas por lobistas. Lembra alguma coisa? Tive a sensação de já ter visto o filme em algum lugar... Não fossem Pitanga e Denis Carvalho, jurava que tava no canal 53.

Curti o final. Foi bacana apesar das filhas gêmeas de Paula e Daniel (esse pedacinho podia ser retirado). A fuga de Olavo e Jader tornou o desfecho eletrizante e, sem querer ser bairrista, mas já sendo, mostrou, mais uma vez, a competência de Wagner Moura. A dondoquinha da Alice limpando calçada por agredir empregada e Marion vendendo muamba deram um toque de humor. A pena alternativa de Alice, aliás, deu o toque que a gente pode – e deve – consumir não só enlatado americano. Lembrem da top Naomi.

É... the end... Lá se vai mais uma. Sobraram agora as maldades de Bárbara e Toni com Preta na reprise de Da Cor do Pecado, às 14h. Mãe, em férias, assiste todos os dias. Eu vejo vez em quando. Falta muito ainda pra acabar.

3 comentários:

Bia disse...

Ah, bom! Já ia excluir seu blog dos meus favoritos porque entrei esses dias e não vi nada novo. Só "Tistu, pão com goaibada...".
Aliás, que diabo é "tistu"???? Não perguntei antes porque queria ver se descobria mas...

Bia disse...

Ah! Mais uma coisinha: pq vc ainda não aceitou o convite do nosso blog? Tô esperando, pô. Só eu e o professor escrevemos... Vamos movimentar aquilo lá.
bjocas

Rai Trindade disse...

Tistu é o personagem principal de O menino do dedo verde. E nem sempre dá pra brindar os amigos com bons textos... Às vezes dá uma preguiça...!