terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Control “c”, control “v”

O texto a seguir não é meu, mas de alguém absolutamente extraordinário na arte da escrita: Luís Fernando Veríssimo. Nem poderia ser diferente já que nasceu num dia especialmente voltado para música, escrita, desenho, bom gosto e tudo de bom da vida: 26 de setembro. Ora, mas que coincidência! Não é que também é meu aniversário??

Papinhos modestos à parte, Léo anjinho me mandou. Li, reli, e ainda consigo dar risadas. Fantástico. Chama-se Desabafo de um bom marido. Espero que se divirtam!!

Minha esposa e eu temos o segredo pra fazer um casamento durar: duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida, e um bom companheirismo.
Ela vai às terças-feiras, e eu às quintas.

Nós também dormimos em camas separadas. A dela é em Fortaleza e a minha em São Paulo. Eu levo minha esposa a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta. Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento. 'Em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!' ela disse. Então eu sugeri a cozinha.

Nós sempre andamos de mãos dadas. Se eu soltar, ela vai às compras. Ela tem um liquidificador elétrico, uma torradeira elétrica, e uma máquina de fazer pão elétrica. Então ela disse: 'Nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar'. Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica.

Lembrem-se, o casamento é a causa número um para o divórcio. Estatisticamente, 100 % dos divórcios começam com o casamento. Eu me casei com a 'Sra. Certa'. Só não sabia que o primeiro nome dela era 'Sempre'.

Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la. Mas tenho que admitir, a nossa última briga foi culpa minha. Ela perguntou: 'O que tem na TV?' E eu disse 'Poeira'. No começo Deus criou o mundo e descansou. Então, Ele criou o homem e descansou. Depois, criou a mulher. Desde então, nem Deus, nem o homem, nem Mundo tiveram mais descanso.

'Quando o nosso cortador de grama quebrou, minha mulher ficava sempre me dando a entender que eu deveria consertá-lo. Mas eu sempre acabava tendo outra coisa para cuidar antes: o caminhão, o carro, a pesca, sempre alguma coisa mais importante para mim. Finalmente ela pensou num jeito esperto de me convencer. Certo dia, ao chegar em casa, encontrei-a sentada na grama alta, ocupada em podá-la com uma tesourinha de costura. Eu olhei em silêncio por um tempo, me emocionei bastante e depois entrei em casa.

Em alguns minutos eu voltei com uma escova de dentes e lhe entreguei.'- Quando você terminar de cortar a grama,' eu disse, 'você pode também varrer a calçada.' Depois disso não me lembro de mais nada. Os médicos dizem que eu voltarei a andar, mas mancarei pelo resto da vida'.'O casamento é uma relação entre duas pessoas na qual uma está sempre certa e a outra é o marido...'

3 comentários:

Anônimo disse...

Foquinha, essa é muuuito boa! hahahahahahahaha
bjoca.

Anônimo disse...

Pois é, amiga Rai... não é nada fácil ser marido! Como dizem, se casamento fosse realmente bom, nem precisava de testemunhas...rsrs

abraços, do amigo Badaró.

Anônimo disse...

Interessante. É por isso que eu não me casei. Não gostaria de cortar grama, varrer a calçada nem consertar aparelhos, aliás,também não gostaria de conviver com um manco. Valeu.