domingo, 30 de novembro de 2008

Gutemberg

Lembro dos primeiros contatos na escola. Curso técnico em processamento de Dados, na Escola de Processamento de Dados da Bahia. O ano era 1993.

Inquieto, curioso, os olhos não se fixavam num ponto. Tudo parecia interessante. A figura magricela, camisa sempre por fora da calça, cabelos enroladinhos e aquele impagável bigodinho, gente!!! Pois é, a julgar pelo físico, ninguém dava nada. Aos poucos foi botando as manguinhas de fora. Virou o famoso CDF! Um nojo! Desses caras que não passavam pesca pra ninguém. Tem cabimento um troço desse?

O curso duraria três anos. A turma foi se conhecendo, se entrosando. Advinha quem veio se chegando? E assim descobrimos que o leonino Gutemberg Padovani (que passou a se chamar Guto para nós, os poucos íntimos!) sempre foi aquele menino estudioso em Santo Amaro da Purificação, aquela terrinha que vira e mexe exporta um cabeção pensante!

Nos formamos e a amizade ficou tão forte que fazemos parte da família um do outro. Estamos presentes em tantos momentos um na vida do outro. Sobretudo os decisivos. Passamos por muitas coisas: Terminar segundo grau, começar cursinho, pensar no que fazer na faculdade, primeiro trabalho, casamentos, romances, separações, família, shows, noitadas (e bebedeiras!), formaturas de graduação. Ufa! A cabecinha viaja em lembranças ao escrever.

Há uns cinco anos Guto resolveu largar tudo e se mandou pra Londres. Tinha juntado uma grana, foi a passeio pra terra da Rainha Mãe e decidiu voltar pra ficar tempos depois. Ainda não tinha sentido dor igual até então. Sou grudada nos meus amigos. Mas, era bom pra ele, estava feliz e decidido. O cara ia pra Europa... No papel de boa amiga, que mais eu faria a não ser apoiá-lo?

Gutinho está de volta. Chegou na tarde desse sábado. Não posso expressar minha felicidade em palavras. Ainda que por alguns disputados dias, é muito bom ter meu amigo aqui pertinho, falando ao telefone em tempo real e sem ecos!

Outros amigos, também do tempo da escola, parentes, meus e dele, e eu preparamos uma extensa semana pra botar as fofocas em dia e entupi-lo de todo dendê que ele puder comer!

Bom saber que está por perto Guto, bom ter você de volta!

Nossa foto na formatura, em 95: diz aí, que bom que o tempo passa, né não?

Descruzando os braços e arregaçando as mangas

Ainda não tinha me dado conta do estrago causado pelas chuvas no sul do país essa semana. Na verdade o que chamou minha atenção foi a movimentação das pessoas numa verdadeira rede de solidariedade. Não lembro de ter visto tal ação aqui no Brasil. Nos Estados Unidos isso parece muito comum, mas lá eles têm o sentimento de patriotismo que vai além dos períodos de campeonato de futebol ou carnaval. Que bom estarmos copiando coisas boas daquele país. Enfim, já era tempo de imitar também o que funciona.

Ainda que tentando dar um desconto no sensacionalismo trabalhado por alguns colegas, não há como não se emocionar com os relatos das pessoas que terão de reconstruir suas vidas, a maioria do nada. Alguns terão ainda de recomeçar sozinhos, sem família ou parte dela.

Essa catástrofe em Santa Catarina deu margem pra pensar em muitas outras coisas. Sempre buscando ver além do que aí está, pensei que há algumas semanas estávamos, nós baianos, a assistir a vegetação da Chapada arder em brasa, sem controle algum, num incêndio que provavelmente se iniciou de forma criminosa e atingiu as proporções apresentadas. Estranhas reviravoltas naturais num mesmo espaço.

Acho que ainda não temos a dimensão exata do que foi perdido nos sucessivos dias de queimada na Chapada. O tempo gasto para a recuperação de flora e fauna, isso é, o que for possível recompor. Oxalá quem teve a brilhante idéia do toco de cigarro ou do que quer que seja, tenha se comovido, se arrependido.

Estava acompanhando os jornais essa tarde ou noite – seguindo a grade em alguns outros estados – e me dei conta que é possível melhorar esse caos que se tornou nossa sociedade. Há uma luz! Muitos canais de televisão prepararam campanhas de doações e todo tipo de colaboração. Antes disso, outras entidades soteropolitanas e mesmo a sociedade civil já haviam se organizado. E conseguiram: Toneladas de alimentos, roupas e agasalhos foram arrecadados. Também havia muita gente separando as doações, organizando. Esse tipo de atitude me deixa muito feliz e com uma estranha sensação de fé na humanidade.

Preciso Dizer Que Te Amo

Quando a gente conversa
Contando casos, besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos
E eu não sei que hora dizer
Me dá um medo, que medo
É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É, eu preciso dizer que eu te amo
Tanto

E até o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado
Você me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo
E nessa novela eu não quero
Ser teu amigo, que amigo...!
É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É, eu preciso dizer que eu te amo, tanto

Eu já nem sei se eu tô misturando
Eu perco o sono
Lembrando em cada riso teu
Qualquer bandeira
Fechando e abrindo a geladeira
A noite inteira

Eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que eu te amo, tanto

Dé/Bebel Gilberto/Cazuza

Para meu "tocador de baixo" predileto...

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Conscientizar para libertar: MO-VI-MEN-TO

Poderia enumerar as muitas razões pra estar feliz com a cobertura dada pela imprensa no Cortejo realizado neste 20 de novembro aqui no Subúrbio. Poderia ver simploriamente pelo lado do “ajudei a realizar um bom trabalho de divulgação do evento”, mas dois outros motivos premiaram meu dia ao final das atividades. O primeiro deles é perceber uma mudança de comportamento das pessoas que moram aqui no Subúrbio e que fazem o vinte de novembro cotidianamente, matando um leão por dia. Foi bonita a participação: crianças, jovens, negros, não negros, velhos. Um público que mostrou força, coragem, animação, e, sobretudo conhecimento a respeito de suas raízes e direitos.

A segunda e não menos importante razão é perceber que cada vez mais nós abraçamos as possibilidades – e todas elas - e as entendemos como algo tangível e que também nos pertence. Dessa maneira é possível transformar sonhos em realidades. E, de repente, meninos e meninas suburbanos percebem o sonho mais próximo de suas realidades, com muito esforço, mas de possível alcance, diferente de um tempo em que nos chamavam incapazes e assumimos a atribuição.

A meu ver esse vinte de novembro tem gosto especial: mais de trezentos anos separam a morte do líder Zumbi das eleições presidenciais americanas. Espaço suficiente? Intervalo capaz de absorver todas essas mudanças sociais? Só o tempo pra dizer. Ainda assim, muitas comunidades celebravam o avanço de algumas melhorias em nossa dignidade cotidiana e também festejavam a vitória de Barack Obama.

Muito mais que a música, a capoeira, o futebol. Podemos mais. Queremos mais. Acho que já seria um bom começo pressionar as esferas do governo seja municipal, estadual e/ou federal para decretar feriado nesse dia. É inadmissível que outras cidades tenham passado a frente de Salvador, capital com maior população negra no país, capital da negritude fora de África.

Façamos dos outros 364 dias, outras datas para celebrar - das mais variadas maneiras - nossas conquistas, mas, sobretudo, outras datas para refletir!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Mais ações, menos discurso: ainda sobre o vinte de novembro

Entre as tantas coisas pipocando esse mês, sobretudo essa semana, recebi o resultado de uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – DIEESE -, em que se constata que os negros ainda ganham menos que os chamados não negros, com uma jornada maior de trabalho. Também somos nós os grandes personagens no ranking do desemprego, de acordo com a pesquisa: no contingente de desempregados, cerca de 90,4% são negros.

É chover no molhado. A constatação do estudo não é bem uma novidade, entretanto, me parece haver não sei se uma consciência maior das muitas correntes do movimento negro, mas, certamente, uma discussão (e prática) maior sobre as chamadas políticas afirmativas e/ou de reparação.

Interessante ver o movimento de uns anos pra cá, um tempo em que as pessoas não se envergonham mais de andar com seus cabelos black power, tranças ou dreads, se exibem com roupas e acessórios étnicos, e mais, não se intimidam em buscar nas altas instâncias seus direitos quando se sentem feridos em sua cidadania e dignidade. Gosto disso, gosto muito.

Não lembro de ter sofrido nenhum tipo de discriminação direta, mas quando me vejo obrigada a estudar mais que os demais e mostrar todo tempo que minha capacidade profissional e a linda cor da minha pele são características distintas e me tornam um ser completo, reflito quão perverso ainda pode ser o sistema que aí está.

Mas mantenho minha fé na humanidade, afinal qual a probabilidade de se eleger um presidente negro no país considerado maior potência mundial há pouco mais de quarenta anos? Além do mais, estudar nunca foi problema para mim, se é preciso apresentar títulos, eu os garanto.

Diria ainda Milton Gonçalves: “Chega de lamentos. Curiosidade e ousadia fazem a diferença. Educação e cultura são bases sólidas para se formar um cidadão consciente”. Faço minhas, tais palavras!

Mais ações, menos discurso: o vinte de novembro na visão de Milton

Se aproxima mais um 20 de novembro e a cidade respira – ou aspira (?) – igualdade de oportunidades e direitos. Há pouco escrevi o release para uma caminhada que acontece aqui na região do subúrbio há quatro anos. Ainda mais cedo lia uma entrevista de Milton Gonçalves concedida à revista Raça Brasil desse mês, na qual ele cobrava mais atitude e “menos blá blá blá...” concordo com Milton. Precisamos agir mais.

Em quatro anos esta é a primeira vez que não devo participar da caminhada principal que sai da Liberdade, bairro de grande concentração da população negra em Salvador, até o campo grande, centro da cidade. Lá sim, terá muita conversa, cenário especial que servirá de palanque para as eleições de 2010. Optei em ajudar os meninos aqui, que além de serem vizinhos, acredito que necessitam mais de serem ouvidos que os “de todo ano” na Praça Municipal.

Ainda segundo Milton, alguns fazem da data uma grande comemoração com direito a shows, apresentações de grupos culturais diversos. Ele propõe uma medida diferente com ações concretas como “doação de livros, calçados, alimentação, alfabetização.” É algo a se pensar, sobretudo aqui em Salvador, onde a data sequer é considerada feriado. Uma vergonha para a cidade que concentra a maior população negra fora de África.

Não é a primeira vez que me refiro às atividades do Movimento de Cultura Popular do Subúrbio, o MCPS. Acho que eles põem a mão na massa como sugere Milton. Não são ações tão difíceis de serem concretizadas. Aliás, se levarmos em consideração a desassistência pública aos moradores da região, não é tão complexo atender. O pensamento é muito simples: para quem não tem nada, o mínimo serve!

Posto isso, estarei lá, tentando fazer a diferença, colaborando com o que puder fazer nas oficinas oferecidas pelo Movimento, divulgando as atividades, fazendo o que estiver ao alcance. Mas é bom ressaltar, não somos, Milton e eu, contra as comemorações, achamos – creio –, que temos muitas conquistas a celebrar, por certo, mas passa da hora de transformar o baticun em aulas de música, que tal?

domingo, 16 de novembro de 2008

Minha velha infância

Já não é a primeira vez que confesso sentir pelas crianças de hoje. Teleguiadas, orientadas pelas ordens da TV a cabo ou do computador quase sempre. Mesmo os jovens, adolescentes preocupados em beijar, em se maquiar e se ver nos orkuts da vida. Eles perdem momentos lúdicos, de liberdade da imaginação como os que vivi ontem. Estive no Festival de Bonecos do Sesi em exposição no Pelourinho. Bonecos pequenos, enormes, mamulengos, apresentação teatral, um show. Grupos de São Paulo, Pernambuco, Ceará e baianos, lógico, fizeram da exposição um espetáculo de cores e luzes. E o melhor: tudo de graça!

Não acredito que as pessoas não gostem de coisas boas, como dizem no senso comum, mas creio, como falei em entrevista no local, que a falta de acesso seja o maior problema. Crianças nos ombros dos pais viajavam com os olhos arregalados naquele universo. Eu as observava e também retomava um tempo que em algum lugar se perdeu com a correria cotidiana.

Havia uma tenda montada, tipo um museu, com grandes e famosos bonecos: marionetes do Pinóquio, Corcunda de Notridame, Dom Quixote, entre outros. Via essas figuras pelo lado de fora, não entrei. Tinha uma peça pra começar e precisei optar. Ah, claro, com tanta coisa, é necessário fazer escolhas.

Voltei num tempo colorido, num tempo de brincar, de imaginar, de sonhar e se permitir. Um tempo bom que a gente só reconhece quando cresce e perde. Mas sempre há como viajar de volta e melhorar o que aí está e o que virá, né não?

Se ficou viajando no texto, se apresse e vá ver o último dia de apresentação. Os espetáculos começam às 16h e seguem até às 21h, no Terreiro de Jesus. O preço do estacionemento do Pelô deu uma subidinha por conta da exposição e foi pra R$ 10. Já nem tão de graça assim, né? Mas mesmo assim, vale a pena.

Tempo rei

Não me iludo, tudo permanecerá do jeito que tem sido
Transcorrendo, transformando
Tempo e espaço navegando todos os sentidos

Pães de Açúcar, corcovados
Fustigados pela chuva e pelo eterno vento
Água mole, pedra dura
Tanto bate que não restará nem pensamento

Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei
Transformai as velhas formas do viver
Ensinai-me, ó, pai, o que eu ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo, socorrei

Pensamento, mesmo o fundamento singular do ser humano
De um momento para o outro
Poderá não mais fundar nem gregos nem baianos

Mães zelosas, pais corujas
Vejam como as águas de repente ficam sujas
Não se iludam, não me iludo
Tudo agora mesmo pode estar por um segundo

Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei
Transformai as velhas formas do viver
Ensinai-me, ó, pai, o que eu ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo, socorrei


(Gilberto Gil)

sábado, 8 de novembro de 2008

Começo de sábado em Pirajá

Essa é levinha, mas não podia deixar de dividir...

O horário de trabalho no jornal acabou afetando o (mal) funcionamento do meu organismo e agora acordo às seis e meia todos os dias para nada. Resolvi fazer umas coisas hoje por aqui mesmo. Fui até a Rua Velha comprar umas coicititas e, com os ouvidos bastante atentos, seguia pelas ruas.

Diminuí o passo e avistei um casal de idosos sentado em frente a uma casa. Foi quando um rapaz passou, cumprimentou a senhora e ela contava toda feliz da vida que hoje comemorava seus cinqüenta anos de casada.

Eis que ele mandou: “cinqüenta anos? Fazendo bordas de ouro, hein?!”. Vim pelo caminho rindo de como ele transformou a felicidade daquela senhora numa pizza caríssima, sei lá!

Daí lembrei de outros causos de Pirajá, como o dia em que fui recarregar os créditos do celular e alguém gritou: "tem chips da claro?"


Ah, as possibilidades populares da língua portuguesa!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Quatro de novembro de 2008

Pouco mais de uma da manhã, horário local, e Barack Obama é declarado vencedor. É o novo presidente dos Estados Unidos da América. Vejo que essa noite é especial sob muitos aspectos, sobretudo do ponto de vista político, histórico, racial (e a ordem desses fatores se alteram, lógico). Enfim teremos um presidente negro na maior potência do globo.

E como não achar o episódio importante, até mesmo emocionante? Cá estou eu ouvindo e assistindo a corrida à Casa Branca. Do ponto de vista histórico, militante, enfim, é motivo de celebração. É mais que isso: é uma vitória da democracia no mundo, uma vitória dos direitos humanos e do respeito às diferenças.

Me sinto estranhamente feliz com o resultado nos Estados Unidos. É como se atingisse muito mais diretamente a nós aqui no Brasil que o é de fato. É um momento histórico, uma evolução no que diz respeito à cidadania. Mais de 55 milhões de pessoas votaram no candidato democrata e devemos considerar que o voto não é obrigatório por lá.

Sem querer entrar no mérito das expectativas, e elas existem mesmo, é importante fazer o link com as eleições presidenciais aqui no Brasil, na América Latina como um todo. É interessante notar o que a sociedade de maneira geral, tem tentado dizer através das urnas: o que decifrar com as mudanças percebidas nos últimos anos.

Acompanho a transmissão pela TV e rádio em tempo real: A emoção das pessoas, jornalistas inclusive (que mandaram a discutida imparcialidade às favas), mais de 600 milhões de dólares em doações populares, dizem os colegas que trabalham nos flashes. Seriam necessários 270 votos de delegados para elegê-lo e Obama obteve mais de 355 até às 2h da manhã.

E sem essa de dizer que a campanha não utilizou a cor da pele e o histórico pessoal e familiar de miscigenação e diversidade de Obama como estratégia. A meu ver essa foi justamente a carta embaixo da manga. Não apresentar todas as armas de uma vez.

Lá vamos. Minha mãe, depois de Tancredo, acha que todo candidato eleito de aspecto mais popular se torna um alvo permanente depois do pleito. Quem viver, verá. Torço muito pra que ela esteja equivocada.

Vou viver pra contar e explicar a minhas filhas e netos a importância desse dia... O dia em que os olhos do mundo inteiro se voltaram à maior potência do globo com esperança, com a atenção de quem percebe a magnitude histórica desse momento e percebe o possível efeito dominó no resto do mundo.

Reunião de família

Há muito tempo não via minha irmã mais velha. Sim, eu tenho uma. Nessa mesma noite conheci minhas duas sobrinhas. Que pestinhas! Uma de seis anos e outra de três.

Pai fez uma cirurgia e por isso está passando uns dias na casa de Tina. Sem escadas, acreditou que fosse mais calmo por lá... Ledo engano as meninas não o deixam quieto. Lá sentada conversando e rindo das artes e peripécias das meninas, pensei em Gabriel e em como seria legal juntar essa turma. Na verdade juntar a todas nós, já que somos seis irmãs!

Sou a única que conhece as outras três. Nos encontramos sempre nos enterros de meus avós, pais de meu pai. Da última vez, no enterro de meu avô, lembrei as meninas que era bom nos vermos em outras situações, caso contrário, o próximo encontro já tínhamos idéia do que ia ser!

Acho que é hora de nos conhecermos e percebemos que nossas diferenças e semelhanças vão além dos traços físicos. Vou dar início a esse movimento. Tenho a sensação que vai ser legal!