Já não é a primeira vez que confesso sentir pelas crianças de hoje. Teleguiadas, orientadas pelas ordens da TV a cabo ou do computador quase sempre. Mesmo os jovens, adolescentes preocupados em beijar, em se maquiar e se ver nos orkuts da vida. Eles perdem momentos lúdicos, de liberdade da imaginação como os que vivi ontem. Estive no Festival de Bonecos do Sesi em exposição no Pelourinho. Bonecos pequenos, enormes, mamulengos, apresentação teatral, um show. Grupos de São Paulo, Pernambuco, Ceará e baianos, lógico, fizeram da exposição um espetáculo de cores e luzes. E o melhor: tudo de graça!
Não acredito que as pessoas não gostem de coisas boas, como dizem no senso comum, mas creio, como falei em entrevista no local, que a falta de acesso seja o maior problema. Crianças nos ombros dos pais viajavam com os olhos arregalados naquele universo. Eu as observava e também retomava um tempo que em algum lugar se perdeu com a correria cotidiana.
Havia uma tenda montada, tipo um museu, com grandes e famosos bonecos: marionetes do Pinóquio, Corcunda de Notridame, Dom Quixote, entre outros. Via essas figuras pelo lado de fora, não entrei. Tinha uma peça pra começar e precisei optar. Ah, claro, com tanta coisa, é necessário fazer escolhas.
Voltei num tempo colorido, num tempo de brincar, de imaginar, de sonhar e se permitir. Um tempo bom que a gente só reconhece quando cresce e perde. Mas sempre há como viajar de volta e melhorar o que aí está e o que virá, né não?
Se ficou viajando no texto, se apresse e vá ver o último dia de apresentação. Os espetáculos começam às 16h e seguem até às 21h, no Terreiro de Jesus. O preço do estacionemento do Pelô deu uma subidinha por conta da exposição e foi pra R$ 10. Já nem tão de graça assim, né? Mas mesmo assim, vale a pena.
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