sábado, 6 de dezembro de 2008

Filhos para o mundo

Vivendo a expectativa de uma viagem, um bom período fora cassando trampo, pesquisa e/ou qualquer tipo de novidade, com diversão, é claro. Até me inscrevi em programas de estudo, fiz alguns contatos. A Foca, minha fiel escudeira e incentivadora - não exatamente nessa mesma ordem -, sempre me diz que mochila nas costas é minha cara!

Uma coisa, no entanto, estava me incomodando bastante: ainda não havia conversado com meus pais sobre minhas decisões e ambições. Vai que uma dessas viagens sai e é internacional? Uma coisa é botar umas roupas na bolsa e arriscar em Sampa, isso eles já acostumaram, outra coisa é sair do país. Hoje joguei pros dois. Ficaram apreensivos, mas fazer o quê além de abençoar, apoiar e desejar boa sorte? São mais de trinta aninhos, quase não podem mais dizer o que fazer, oras... Felizmente, não precisei me utilizar desse argumento.

Explicar meus desejos até diminuiu minha ansiedade. Sei que não dando certo, é o lugar que tenho pra regressar, sempre. Mas aquele velho dito popular às vezes cai como luva: “a gente cria filho pro mundo”. Com certeza isso é frase de homem! O velho instinto materno condena com outra frase: “quando você for mãe, você vai me entender!” Jah, isso é quase uma ameaça! Por que elas nos querem tanto tempo sob a asa mesmo?

E como entender a necessidade de voltar, se não saímos?

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