
Procuraria sapatos especiais para Fernandinho Beiramar. Ele concedeu uma entrevista, de dentro do presídio de segurança máxima, a um repórter da Record. Condenado por homicídios, formação de quadrilha, roubo, tráfico de drogas, tantos delitos nos quais, segundo a reportagem, a pena seria de mais de cem anos de reclusão, Beiramar pensa em estudar direito – ensino a distância – e ainda pediu para o repórter interceder junto ao diretor da penitenciária. Pedia castigos mais brandos. Eu posso?
Os sapatos da formatura, ainda muito especiais, aqueles de salto fino, deixaria reservado àquelas pessoas, falsos colaboradores das campanhas em Santa Catarina, flagrados roubando os donativos enviados. As mãos chegam a tremer. As ações ultrapassam o limite da desonestidade, é uma crueldade. Não é bastante que os desabrigados se vejam subtraídos em sua dignidade?
Ah, também queria acertar aquelas figuras que usam os assentos reservados e, quando sobem os velhinhos ou mulheres grávidas, fingem dormir. Agora ouço o programa do Bello. Aquele mesmo. Cantor, condenado e preso por tráfico de armas. Ganhou um programa de TV num canal local. As atrações são terríveis! Sapatos neles!
Opa! De repente me ocorreu um monte de nomes e personagens. É melhor parar por aqui, afinal, não sou uma centopéia e não tenho tantos sapatos assim!
Um comentário:
Maravilhoso!
Você está se tornando uma verdadeira jornalística crítica. Qualquer dia desses vai "roubar" a coluna de uma renomada jornalista...
Rsrsrs
Bjus
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