Dizia Gonzaguinha em uma de suas poesias musicadas que “sem o seu trabalho o homem não tem honra”. E assino embaixo. Sobretudo quando se está acostumado a suar a camisa desde a adolescência, é estranho muito tempo ocioso e pior: voltar a depender de pai e mãe ou marido. Nossa, nem imagino!
Já tinha resolvido não me esquentar dessa vez, afinal, todo início e final de ano é a mesma coisa: o tempo não passa, as pessoas não encomendam serviço. Dezembro porque estão mais preocupadas com as festas e, a partir de janeiro porque tudo só funciona após carnaval, lógico! Se por um lado não tinha dinheiro sobrando folgado, também não havia dívidas. Relaxei e, pela primeira vez, me animei para estudar para concurso. Até programei minha folia momesca debruçada sobre livros.
Mas, como minha networking funciona o dia todo, todos os dias, mal consegui identificar que direção queria seguir e o telefone tocou. Em menos de três dias tinha duas propostas de trabalho. Gente, podia escolher pra onde queria ir, que beleza! Vida longa aos QIs (para os não entendidos Quem Indica é a senha de toda pessoa que não tem emprego, mas tenha ótimas relações)... Mas atenção, entrar é uma coisa, manter é outra, bom que se esclareça! Questão de competência, amigo!
Das poucas coisas que meus pais pensam em comum uma sempre nos foi ensinada: chegando aos lugares, saiba entrar, mas, e principalmente, saiba sair. Talvez esse seja o segredo de ainda manter relações, contatos com gente do tempo de escola, professores, colegas. Nos lugares onde trabalhei, onde estudei, sempre tem alguém pra gritar por socorro e avisar que estou no período do ócio criativo por mais tempo que desejava.
E eis que cá estou ansiosa para (re)começar, voltar ao ambiente de trabalho, fazendo o que gosto: me comunicando. O melhor disso é que é um trabalho que sempre namorei fazer e, de repente, estou dentro. Saudades do batente!
Foca, sorte e um sapo do tamanho da nossa sede...
Celo, mais uma vez não sei dizer o que é você em minha vida!
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