Essa aparente solidão é estranha para mim. Sempre tive uma família numerosa e presente e a verdade é que a simples idéia de não ter pessoas andando pela casa, visitando ou mesmo telefonando dá medo.
Sigo seus passos no que se refere a fazer opções e concessões. Decidi brigar por minha carreira acadêmica, minha profissionalização. Mas estar aqui esses dias também me obrigou e rever prioridades. Não que vá engravidar amanhã, por exemplo, mas talvez não deixar lá pra os quarenta seja um bom começo. Afinal dez anos passam tão rápido e não admito não ser capaz de me sustentar e a uma criança nesse período!
Mas, dramalhões à parte, tenho olhado mais para os lados e me incomoda o que vejo: muito bons amigos, inteligentes, bom papo, “letrados”, “financeiramente ajeitados” e sozinhos. E, ainda, o que é pior: temerosos, receosos em darem a si próprios a oportunidade de serem felizes. E o que pode ser mais triste para um ser humano, essencialmente social?!
Definitivamente não é o que quero para mim!
Fui criada com almoços na casa da vovó aos domingos – religiosamente – fizesse chuva ou sol. Fui criada com uma penca de primos, todos com idades próximas, correndo pela casa de Tia Nide nas esperadas férias de junho. Criada tomando banho de mangueira com esses mesmos primos, no recesso de dezembro, na casa da ilha, depois de um dia inteiro de traquinagem. Como desfazer, em meu imaginário, essas lembranças me fechando às experiências?!
Vivemos um tempo onde a insegurança parece uma constante admito, mas tem sempre o amigo de um amigo pra conhecer, se apaixonar e criar uma nova história. Viver, vivendo!
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