Há duas semanas comecei um trampo bem bacana numa assessoria de comunicação. É legal em todos os sentidos mesmo. É na universidade estadual a qual tentei entrar ano passado com (mais) um projeto de mestrado. A assessoria está em fase de implantação então me sinto muito à vontade com minhas mais loucas idéias. Quero fazer o melhor até porque muitas fichas foram apostadas e não quero decepcionar nenhuma delas.
Estou me empenhando desde o comecinho. Literalmente. A universidade tem um esquema de transporte próprio. A questão é o horário... E morando tão longe do ponto de embarque, tenho saído de casa de madrugada. Sério! Antes das cinco! E é justo essa a questão: minha mãe tem levantado comigo. E não adianta dizer que é completamente desnecessário. Ela, aos trancos, vai.
Hoje até menos, mas quando éramos mais novas ela vivia dizendo que só entenderemos o que ela passa quando tivermos nossos filhos. Acho que toda mãe diz isso... Mas que estranho sentimento é esse que liga esses seres, mãe e filho? Que sensação pretensiosa de pertencimento essas senhoras têm conosco? Guardam-nos e protegem por meses, nos alimentam do que vem delas por mais outros meses e, passado o tempo, resolvem o que nos faz bem ou não. E, mesmo depois de ter saído de casa, morado em outro lugar, termos quase quarenta, ainda querem nos seguir ao ponto de ônibus! Ora vejam!
Estamos – graças a Jah – irremediavelmente condenados ao amor e cuidado absoluto dessas pessoas. E assim nos preparamos para, um dia, retribuir essa doação, seja invertendo os papéis, seja dando continuidade a esse cuidado da forma que elas tanto profetizam.
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