sábado, 21 de março de 2009

Um sopro de esperança

Não adianta. Educação é mesmo um tema recorrente aqui no meu espaço. Pense num trampo bacana? É onde estou agora. Um departamento de Educação em Alagoinhas. Assumo os aspectos contra, ou melhor, existem as dificuldades: o deslocamento diário é um deles. Talvez o mais importante. Quatro horas de viagem todos os dias tem me cansado muito, de fato.

Na outra ponta da balança estão a implantação de um setor com a minha cara - já que não havia uma assessoria de comunicação antes – e, uma nova chance para o mestrado. Quero aproveitar todas as oportunidades que forem aparecendo nesse período.

Tem sido proveitoso também perceber o outro lado do processo de educação, sobretudo numa universidade estadual. Os esforços que são feitos pelas pessoas que realmente acreditam na educação como saída, como transformação social. É importante não desanimar! Às vezes a sensação de estar remando contra a maré é inevitável.

E como fazer aqueles meninos e meninas entenderem esses esforços? Por vezes até alguns professores! Aqueles senhores mestres, doutores tão orgulhosos de si mesmos, se tornam seres complicados vez em quando!

E quando a instituição é pública a sensação de pertencimento tende a ser pejorativa. Esses dias conversando com Dete, a coordenadora do setor de informática, soube o porquê de tudo ser absolutamente trancado a 14 chaves: as pessoas levam. Não estou me referindo a rolo de papel higiênico, tubo de cola ou cd (não que esses se justifiquem!). São aparelhos de televisão, computadores. Levam tudo! Triste, não?

Essas ocorrências, que não são poucas, por vezes me fazem pensar se quero mesmo migrar de área, afinal, jornalismo parece tão mais pomposo! É difícil, mas não creio que seja impossível mostrar que educação é o único caminho viável para mudar o que está aí. Para fazer com que esses jovens entendam que aqueles aparelhos lhes pertencem sim, mas também aos demais e que é necessário o zelo! Para fazer entender os professores, que também já foram estudantes, que eles são os guias desses mesmos meninos e que hoje se faz necessário um pouco mais de orientação!

Oxalá o dia em que não sejam mais necessárias as chaves! Não porque não tenha mais o que ser salvo, mas sim porque as pessoas enfim internalizaram onde começam e terminam seus direitos e deveres e seguem os dos demais!

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