Gosto da idéia de reinventar. Ressurgir. Encontrar a novidade ainda que no dia a dia. Quando a roda não gira, é preciso rever o que está pronto e está posto. Afinal, o cotidiano – e seus percalços – tem sua graça! Aliás, a graça é achar o que ainda não foi visto. Assim, retomo pessoas, projetos e idéias com outros olhos, mais amadurecidos, quem sabe? Encontrar inspiração na mesmice não é tarefa fácil para mentes inquietas.
Assim o foi no começo da noite dessa sexta, dia dos namorados. Estávamos minhas irmãs, minha ex-“cunhada emprestada” e eu. Todas em casa, solteiras. Solteiras, jamais sozinhas! Botando o papo em dias, enquanto Maya e Raj decidiam se iam jantar ou não com o casal de empresários brasileiros interesseiros. Separada de um amigo muito querido há pouco mais de seis meses, “minha cunha” busca no seu cotidiano a magia da reconstrução. Não está sendo fácil para ela. Também não foi para mim. O consolo e única certeza é que um dia passa. É como se acordássemos, tomássemos uma ducha quente – ou fria – e fôssemos à rua, passear, trabalhar, enfim. Nós resolvemos fazer uma lasanha e rir um bocado!
Recompor é sempre um ato audacioso. Essencialmente nos traz a oportunidade, a coragem de levar outra pancada e talvez maior ainda! E, novamente, aquela certeza: tudo passa. Ainda que, no início, essa certeza teimosa jamais faça sentido.
Nunca pesquisei a história da fênix, além do que é mostrado no senso comum. Me encanta a imponência, o colorido descrito nos contos. Acho mesmo que renascer deva ser isso: uma explosão de sentimentos conhecidos, revistos e novos. Encontrar novos caminhos precisa ser colorido, afinal é o ressurgimento para si mesmo. Isso merece ser comemorado.
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