Quem lê esses últimos posts, depois de tanto tempo sem escrever, vai pensar até que estou me tornando uma velha chata! Não desconsidero a hipótese, afinal, nas proximidades da “idade de cristo” você já acumulou ideias, comportamentos e experiências, tem noção do que é certo ou não (ao menos de uma perspectiva própria!). Assim tenho “encarado” esse movimento (ou a falta dele) em função dos jogos da copa do mundo. Não consigo torcer. Não dá pra orgulhosamente vestir a camisa! Para mim tá tudo errado! Como é possível parar tudo e esquecer da vida a esse ponto?
Meu raciocínio é prático, matemático e caceteiro: você está trabalhando? Se estiver, tá ganhando bem, sem concluir que mais um mês seu orçamento ficou apertado por um motivo qualquer? Como ficou sua conta de luz depois daquela roubalheira da Coelba em nossas cobranças, comprovadamente irregulares? Buzú, trânsito. Quando você sai do trabalho, consegue chegar logo em casa? Será que esse metrô piada, que liga nada a lugar algum, ajudaria mesmo na volta pra casa depois de um dia de cão?! Conseguiu tomar as vacinas de um mês atrás, a da meningite, por exemplo? Já precisou de um posto de saúde no seu bairro? Espero, sinceramente, que não.
Me conte mais: tem saído à noite? Tá tranqüilo ir jantar num lugar bacana e voltar pra casa depois das 21h? Estou considerando que tenha um carro comprado em 36 meses, tendo aproveitado estar livre do imposto numa “promoção bacana” do governo federal! Falando nisso, onde tem abastecido seu carro o combustível é adulterado ou percebeu qualquer forma de cartel? Só foi dado o peixe, né?!
Ontem sai pra ir ao médico, passei no shopping pra comprar uns remédios e fui surpreendida: o estabelecimento ia fechar às 14h porque tinha jogo do Brasil às 15h30 e NÃO ABRIRIA MAIS EM PLENA SEGUNDA-FEIRA! Na correria, fiz metade das coisas previstas que precisava fazer. ABSURDO SEM TAMANHO! Não importa a hora do jogo, todo mundo para e até ônibus parece ter diminuído a frota...! Não dá pra torcer. As coisas não andam tão boas, tão certinhas a ponto de comprar camisa, boné, fazer festa pra ver a seleção jogar... E que nem tá jogando tanto assim!!! Não vejo motivos pra interromper meus afazeres e assistir uns caras já ricos "jogarem uma pelada" e enfiar mais dinheiro no bolso!!
Não é que não goste de futebol ou que jamais tenha feito essas papagaiadas. Já e muito. Mas o tempo passa e as coisas continuam no mesmo lugar. Ou melhor, exceto a coerência, para alguns poucos. Passada a copa, vem a eleição de outubro e o patriotismo escorre pelo ralo. O ralo de onde vem o mau cheiro exalado, infelizmente, de nossa máquina pública corrompida. Se a gente conseguisse torcer, exigindo boas escolas e faculdades públicas; bom atendimento médico; transporte público eficiente, e de qualidade; segurança pública eficaz. Quando a transparência e eficiência for uma prioridade no setor público, talvez eu tenha motivos pra torcer. Talvez bote mais fé no meu país. Talvez até vista a camisa!
Como diria uma amiga minha sobre esse assunto: “Seria bom que a vitória do time do Brasil significasse a vitória do povo brasileiro também”.
terça-feira, 29 de junho de 2010
Se não pode cumprir, não proponha
Poucas coisas me deixam irritada de verdade. Sério mesmo. Não sou de me estressar à toa.
Com certeza um desses fenômenos diz respeito a serviço precário. Sabe aquele negócio feito “meia boca”, servicinho porco, como se diz. Pois é o tipo de coisa que me cansa. E olha que dou muitas chances de se acertar o passo!
Tenho passado “mals bocados” com minha internet. Não é dos melhores acessos, é compartilhada, essas coisas de bairro e, na verdade, o que encaixava melhor no orçamento. Mas não é por isso que vai fazer de qualquer jeito, né não? Acho até que o fato motivaria a trabalhar melhor, já que é pra vizinhos. Tudo bem, de repente tem mais gente que o previsto usando o serviço. O remédio é acompanhar, ajustar. Na minha cabeça isso é matemático.
Tô sempre reclamando com o administrador. Se chove ou venta, a conexão cai. Se muita gente usa, a conexão cai, se ele insere mais um usuário, adivinha só? Ligo, pergunto o que houve, ele pluga e despluga de lá. Funciona finalmente. Isso quando ele não resolve fazer manutenção na rede sem avisar a ninguém! Já pedi que seria razoável advertir os navegantes, caso alguém, como eu, esteja trabalhando de casa há dois meses, nessa pendenga. Imagine o que é enviar textos para jornais e sites, que têm horários de fechamento, com internet a cair o tempo todo?
Pior é reclamar e ouvir: “é né? Tá caindo o direto, né? Todo mundo já disse isso, todo dia é pra eu parar pra ver, mas...”
Me faça uma garapa!
Coisas que acho que só acontecem aqui em Pirajá. Um serviço de xerox que a pessoa não sabe manusear a máquina copiadora! AVE! Me dê mais paciência! Desisti. Tava com pressa, fiz no centro, tava saindo mesmo. Uma dessas casas de 1,99 (que pouca coisa se encontra de menos de 3 reais!) que nunca tem o que se precisa. O dono já faz até piada quando vou lá. Mas a culpa é minha! Por que diabos ainda vou lá?!
Hoje o cúmulo foi tentar colocar crédito no celular, pagar em dinheiro e o dono da bodega me dizer que só recebia pagamento em cartão! É... Acho que é o bairro mesmo. Ou você já ouviu reclamações como esta em algum outro lugar?
Com certeza um desses fenômenos diz respeito a serviço precário. Sabe aquele negócio feito “meia boca”, servicinho porco, como se diz. Pois é o tipo de coisa que me cansa. E olha que dou muitas chances de se acertar o passo!
Tenho passado “mals bocados” com minha internet. Não é dos melhores acessos, é compartilhada, essas coisas de bairro e, na verdade, o que encaixava melhor no orçamento. Mas não é por isso que vai fazer de qualquer jeito, né não? Acho até que o fato motivaria a trabalhar melhor, já que é pra vizinhos. Tudo bem, de repente tem mais gente que o previsto usando o serviço. O remédio é acompanhar, ajustar. Na minha cabeça isso é matemático.
Tô sempre reclamando com o administrador. Se chove ou venta, a conexão cai. Se muita gente usa, a conexão cai, se ele insere mais um usuário, adivinha só? Ligo, pergunto o que houve, ele pluga e despluga de lá. Funciona finalmente. Isso quando ele não resolve fazer manutenção na rede sem avisar a ninguém! Já pedi que seria razoável advertir os navegantes, caso alguém, como eu, esteja trabalhando de casa há dois meses, nessa pendenga. Imagine o que é enviar textos para jornais e sites, que têm horários de fechamento, com internet a cair o tempo todo?
Pior é reclamar e ouvir: “é né? Tá caindo o direto, né? Todo mundo já disse isso, todo dia é pra eu parar pra ver, mas...”
Me faça uma garapa!
Coisas que acho que só acontecem aqui em Pirajá. Um serviço de xerox que a pessoa não sabe manusear a máquina copiadora! AVE! Me dê mais paciência! Desisti. Tava com pressa, fiz no centro, tava saindo mesmo. Uma dessas casas de 1,99 (que pouca coisa se encontra de menos de 3 reais!) que nunca tem o que se precisa. O dono já faz até piada quando vou lá. Mas a culpa é minha! Por que diabos ainda vou lá?!
Hoje o cúmulo foi tentar colocar crédito no celular, pagar em dinheiro e o dono da bodega me dizer que só recebia pagamento em cartão! É... Acho que é o bairro mesmo. Ou você já ouviu reclamações como esta em algum outro lugar?
segunda-feira, 7 de junho de 2010
IV Caldeirão Cultural: desenvolvimento social e arte no subúrbio soteropolitano
Música, dança, teatro, cinema, exposição fotográfica, oficinas. Já está sem fôlego? Então retome a respiração e prepare-se para o IV Festival de Artes Caldeirão Cultural, que acontece entre os dias 08 e 19 de junho, no Centro Cultural Plataforma, em Plataforma, Subúrbio de Salvador. A edição 2010 do Caldeirão vai contar com participação de 30 grupos das diversas vertentes artísticas e comemorar exatos três anos da reabertura do Cine Teatro Plataforma, gerido pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB) em parceria com o Fórum de Arte e Cultura do Subúrbio. Esse ano as apresentações no Centro Cultural terão o valor simbólico de R$ 2,00 (dois reais, a inteira).
O Festival terá início às 9h, com o tradicional cortejo que sai do Largo do Luso (Av. Afrânio Peixoto) e segue até a Praça São Brás, onde ocorrerá uma apresentação de teatro de rua até as 11h. As atividades para o IV Caldeirão começaram há dois meses com as apresentações artísticas do Plataforma de Talentos, sempre nas últimas quartas-feiras, no Centro Cultural. Em edições anteriores, o Caldeirão reuniu mais de 7.560 pessoas. Graduada em Licenciatura em Teatro, a coordenadora do Centro Cultural Plataforma, Ana Vaneska comemora e ressalta a importância decisiva da participação dos grupos locais: “Os muitos grupos culturais atuantes aqui brigaram pela retomada desse espaço. Eles fizeram ressurgir o Centro. Além disso, o desenvolvimento social da comunidade está sempre no foco dos projetos artísticos elaborados por esses agentes culturais”, pontua Vaneska.
Históricos – Depois de quase 20 anos fechado, o Centro Cultural Plataforma (CCP) abriu suas portas à comunidade em 08 de junho de 2007. A reabertura foi uma conquista dos artistas e entidades sócio-culturais do Subúrbio Ferroviário de Salvador, que desde o fechamento do antigo Cine-Teatro promoveram uma mobilização permanente, com manifestos, projetos e articulações políticas para recuperar o espaço. Com capacidade para receber mais de 200 pessoas, espaço para cadeirantes, infra-estrutura de som, luz, projeção de vídeos, salas para ensaios e camarins, além de banheiros adaptados para portadores de necessidades especiais, o CCP surpreende quem não o conhece e, por isso mesmo, não deixa nada a dever quando comparado aos demais teatros da cidade. De 2007 a maio de 2009, o Centro Cultural Plataforma acolheu 313 eventos de teatro, dança, música, cinema, entre outros, atingindo um público de 34.415 pessoas, em 612 apresentações.
O Fórum de Arte e Cultura do Subúrbio foi organizado através de uma articulação entre os diversos grupos da região, das mais variadas linguagens e estilos, em função do início das atividades do Centro Cultural Plataforma. Em princípio, o Fórum contava com cinco grupos e no período da reabertura do Centro tinha, em média, 75 grupos catalogados. Naquele momento existia o temor de que o espaço fosse gestado e coordenado por uma linha e/ou pessoas que não tivessem relação com aquilo que os grupos esperavam: uma gestão descentralizada, que levasse em consideração a identidade e as expectativas dos artistas e do público da região.
A partir disso, inúmeras reuniões trataram propostas de gestão, do perfil e dos objetivos do Centro. Nesses encontros, o Fórum entendeu que não dava para se restringir apenas a discussão da gestão, mas também, precisava pensar o Centro como uma possibilidade de ampliação de uma política cultural do Subúrbio Ferroviário que contemplasse os mais diversos grupos. Neste contexto, surgiu a proposta de assinalar o momento de reabertura com uma atividade no Centro que desse conta da diversidade artística da região e que iniciasse o processo de formação de platéia, estreitando a relação com as comunidades da região, o Festival de Artes Caldeirão Cultural.
O Festival de Artes Caldeirão Cultural representa a diversidade, a riqueza presente no cotidiano do Centro desde a sua reabertura e uma programação comemorativa, favorece não somente a articulação entre os diferentes grupos e organizações locais em torno da arte e cultura, como também garante fôlego para as próximas edições. O Caldeirão potencializa os grupos para que suas intervenções em suas respectivas comunidades sejam fortalecidas e ampliadas, interferindo diretamente na melhoria de qualidade de vida da comunidade dos diversos bairros que compõem o Subúrbio de Salvador, onde se encontra cerca de 1/4 da população da capital, alcançando mais de 750 mil habitantes. Esta é uma população majoritariamente afro-descendente, que têm, na base do trabalho dos grupos artísticos-culturais, todo seu aprendizado e desenvolvimento como cidadão na cultura de resistência de seu próprio povo.
SERVIÇO
O quê: IV Festival de Artes Caldeirão Cultural
Quando: De 08 a 19 de junho de 2010
Onde: Centro Cultural Plataforma, Praça São Brás S/N, Plataforma, tel: 3117 8106
ccultura.plataforma@funceb.ba.gov.br /cleitonluz@yahoo.com.br
Quanto: R$ 2,00 (dois reais, a inteira)
Realização: Fórum de Arte e Cultura do Subúrbio Ferroviário de Salvador/Centro Cultural Plataforma
FUNCEB
CONTATOS
Assessoria de Imprensa:
Rai Trindade – 71. 8766-0889
Marcio Bacelar - 71. 8871-1482/8708-9762
Coordenação:
Ana Vaneska – Coordenadora do CCP – 71.8839 3681 - anavaneska@yahoo.com.br
Cleiton Luz - Ator / Produtor/Educador Popular – 71. 8198-5421
O Festival terá início às 9h, com o tradicional cortejo que sai do Largo do Luso (Av. Afrânio Peixoto) e segue até a Praça São Brás, onde ocorrerá uma apresentação de teatro de rua até as 11h. As atividades para o IV Caldeirão começaram há dois meses com as apresentações artísticas do Plataforma de Talentos, sempre nas últimas quartas-feiras, no Centro Cultural. Em edições anteriores, o Caldeirão reuniu mais de 7.560 pessoas. Graduada em Licenciatura em Teatro, a coordenadora do Centro Cultural Plataforma, Ana Vaneska comemora e ressalta a importância decisiva da participação dos grupos locais: “Os muitos grupos culturais atuantes aqui brigaram pela retomada desse espaço. Eles fizeram ressurgir o Centro. Além disso, o desenvolvimento social da comunidade está sempre no foco dos projetos artísticos elaborados por esses agentes culturais”, pontua Vaneska.
Históricos – Depois de quase 20 anos fechado, o Centro Cultural Plataforma (CCP) abriu suas portas à comunidade em 08 de junho de 2007. A reabertura foi uma conquista dos artistas e entidades sócio-culturais do Subúrbio Ferroviário de Salvador, que desde o fechamento do antigo Cine-Teatro promoveram uma mobilização permanente, com manifestos, projetos e articulações políticas para recuperar o espaço. Com capacidade para receber mais de 200 pessoas, espaço para cadeirantes, infra-estrutura de som, luz, projeção de vídeos, salas para ensaios e camarins, além de banheiros adaptados para portadores de necessidades especiais, o CCP surpreende quem não o conhece e, por isso mesmo, não deixa nada a dever quando comparado aos demais teatros da cidade. De 2007 a maio de 2009, o Centro Cultural Plataforma acolheu 313 eventos de teatro, dança, música, cinema, entre outros, atingindo um público de 34.415 pessoas, em 612 apresentações.
O Fórum de Arte e Cultura do Subúrbio foi organizado através de uma articulação entre os diversos grupos da região, das mais variadas linguagens e estilos, em função do início das atividades do Centro Cultural Plataforma. Em princípio, o Fórum contava com cinco grupos e no período da reabertura do Centro tinha, em média, 75 grupos catalogados. Naquele momento existia o temor de que o espaço fosse gestado e coordenado por uma linha e/ou pessoas que não tivessem relação com aquilo que os grupos esperavam: uma gestão descentralizada, que levasse em consideração a identidade e as expectativas dos artistas e do público da região.
A partir disso, inúmeras reuniões trataram propostas de gestão, do perfil e dos objetivos do Centro. Nesses encontros, o Fórum entendeu que não dava para se restringir apenas a discussão da gestão, mas também, precisava pensar o Centro como uma possibilidade de ampliação de uma política cultural do Subúrbio Ferroviário que contemplasse os mais diversos grupos. Neste contexto, surgiu a proposta de assinalar o momento de reabertura com uma atividade no Centro que desse conta da diversidade artística da região e que iniciasse o processo de formação de platéia, estreitando a relação com as comunidades da região, o Festival de Artes Caldeirão Cultural.
O Festival de Artes Caldeirão Cultural representa a diversidade, a riqueza presente no cotidiano do Centro desde a sua reabertura e uma programação comemorativa, favorece não somente a articulação entre os diferentes grupos e organizações locais em torno da arte e cultura, como também garante fôlego para as próximas edições. O Caldeirão potencializa os grupos para que suas intervenções em suas respectivas comunidades sejam fortalecidas e ampliadas, interferindo diretamente na melhoria de qualidade de vida da comunidade dos diversos bairros que compõem o Subúrbio de Salvador, onde se encontra cerca de 1/4 da população da capital, alcançando mais de 750 mil habitantes. Esta é uma população majoritariamente afro-descendente, que têm, na base do trabalho dos grupos artísticos-culturais, todo seu aprendizado e desenvolvimento como cidadão na cultura de resistência de seu próprio povo.
SERVIÇO
O quê: IV Festival de Artes Caldeirão Cultural
Quando: De 08 a 19 de junho de 2010
Onde: Centro Cultural Plataforma, Praça São Brás S/N, Plataforma, tel: 3117 8106
ccultura.plataforma@funceb.ba.gov.br /cleitonluz@yahoo.com.br
Quanto: R$ 2,00 (dois reais, a inteira)
Realização: Fórum de Arte e Cultura do Subúrbio Ferroviário de Salvador/Centro Cultural Plataforma
FUNCEB
CONTATOS
Assessoria de Imprensa:
Rai Trindade – 71. 8766-0889
Marcio Bacelar - 71. 8871-1482/8708-9762
Coordenação:
Ana Vaneska – Coordenadora do CCP – 71.8839 3681 - anavaneska@yahoo.com.br
Cleiton Luz - Ator / Produtor/Educador Popular – 71. 8198-5421
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Minha maratona imunológica
- Já se vacinou? - Não e nem vou.
- Mas Marcus mandou tomar e falou da meningite também. É pra tomar. Tá rolando um surto das duas coisas aqui e não é divulgado, claro!
- Bom. Já que é assim...
Esse pedacinho de diálogo foi a largada para a maratona de ir atrás da H1N1, a vacina contra gripe A ou suína. Minha amiga Bia que já fica em alerta de graça, imagina quando Marcus, o irmão médico, manda “ordens clínicas e superiores” lá de Sampa.
Desde então, trocamos figurinhas sobre os postos que procuramos e não encontramos a tal dose. Imunizar virou sinônimo de aventura. Sem informações em sites das secretarias, ou jornais ou mesmo nos próprios postos, o melhor a fazer era ir de unidade em unidade, como se não tivéssemos mais nada a fazer.
Hoje, por fim, indicada por uma outra amiga, procurei um posto específico e eureka! Consegui tomar a agulhada! Imediatamente liguei para Bia e sugeri que ela parasse tudo. Havia descoberto uma mina de ouro e nossa jóia poderia acabar rapidamente.
Agora, quase seis horas depois, estou aguardando os sintomas da reação. Conheço muita gente que ficou acamado por mais de 2 dias. Era o que não queria, mas dos males, o menor. Também soube de casos que foi somente a dor no braço. Uma agulha tão fininha e uma seringa tão pequena, com um líquido tão poderoso.
Vamos aguardar a vez de imunizar contra a meningite. Pelo menos já sei que é melhor ir na primeira leva. Vou até escrever para o doutor Marcus...
- Mas Marcus mandou tomar e falou da meningite também. É pra tomar. Tá rolando um surto das duas coisas aqui e não é divulgado, claro!
- Bom. Já que é assim...
Esse pedacinho de diálogo foi a largada para a maratona de ir atrás da H1N1, a vacina contra gripe A ou suína. Minha amiga Bia que já fica em alerta de graça, imagina quando Marcus, o irmão médico, manda “ordens clínicas e superiores” lá de Sampa.
Desde então, trocamos figurinhas sobre os postos que procuramos e não encontramos a tal dose. Imunizar virou sinônimo de aventura. Sem informações em sites das secretarias, ou jornais ou mesmo nos próprios postos, o melhor a fazer era ir de unidade em unidade, como se não tivéssemos mais nada a fazer.
Hoje, por fim, indicada por uma outra amiga, procurei um posto específico e eureka! Consegui tomar a agulhada! Imediatamente liguei para Bia e sugeri que ela parasse tudo. Havia descoberto uma mina de ouro e nossa jóia poderia acabar rapidamente.
Agora, quase seis horas depois, estou aguardando os sintomas da reação. Conheço muita gente que ficou acamado por mais de 2 dias. Era o que não queria, mas dos males, o menor. Também soube de casos que foi somente a dor no braço. Uma agulha tão fininha e uma seringa tão pequena, com um líquido tão poderoso.
Vamos aguardar a vez de imunizar contra a meningite. Pelo menos já sei que é melhor ir na primeira leva. Vou até escrever para o doutor Marcus...
Só vejo a corja
Não sou candidata a nada, mas também já estou pensando nas eleições. Devo confessar, no entanto, que estou pensando nela com raiva. Com muita raiva! Ando muito desapontada com a política. Não! Melhor (ou pior). Ando desapontada com os políticos. Na falta de respeito com que nos tratam, nas melhorias que julgamos em algum momento creditaríamos a eles. E nada. Há um descaso desmedido.
Nos últimos 2 meses tenho trabalhado pedindo ajuda mais que qualquer outra coisa. Há seis meses faço assessoria de comunicação para uma ONG ambiental. Durante todo esse tempo, entre um texto e outro, faço uma espécie de carta de cobrança às secretarias estaduais que nos devem verba. Repasses que não chegam a 20 mil, uma pechincha para o governo, segundo assessores de lá mesmo! Para nossas atividades representa um mundo em dinheiro.
Com tantas conversas, idas e vindas, documentos, relatórios, meses de espera e, por fim, o parecer dos secretários: a grana, a que temos direito, acordada através de convênios e contratos, simplesmente não vai sair! E como manter os projetos? E como manter uma campanha – presente em vários veículos de comunicação – de doação de jornais e revistas para reciclagem? E como dizer às pessoas que participam e trabalham na campanha e na ONG que tudo aquilo vai acabar e não existe previsão de pagamento? Como explicar o encerramento de mais de dez anos de atividades e que tirou da situação de risco social mais de 60 crianças?
A falta de compromisso político tem sido cada vez pior. Não falo somente pela ONG. Tenho outros trabalhos e alguns deles também dependem de verba do governo e, para variar, não vêem a cor do dinheiro. E nem vão ver, já que devido às eleições em outubro, a grana que tinha para sair, deveria sair até agora, em junho. Para não falar somente de trabalho poderia descrever o que está aí, a olhos nus, nos batendo a face todos os dias: postos de saúde lotados (e sem médicos), ônibus da mesma forma, crianças e adolescentes sem aulas, ruas inseguras, me parece até ter mais moradores de rua que o que reparava antes!
Em outubro precisamos mesmo ir lá? Oxalá chegue o dia em possamos dizer se queremos, de fato, ir ou não. Também rezo pela revolução. Mas uma verdadeira, movida a caneta, papel, leis sérias e fiscalização rígida. Sonho com um tempo em que o simples pensar em corrupção cause cada vez mais estranheza, espanto, asco. Ah, é. Mas isso já acontece!!
Nos últimos 2 meses tenho trabalhado pedindo ajuda mais que qualquer outra coisa. Há seis meses faço assessoria de comunicação para uma ONG ambiental. Durante todo esse tempo, entre um texto e outro, faço uma espécie de carta de cobrança às secretarias estaduais que nos devem verba. Repasses que não chegam a 20 mil, uma pechincha para o governo, segundo assessores de lá mesmo! Para nossas atividades representa um mundo em dinheiro.
Com tantas conversas, idas e vindas, documentos, relatórios, meses de espera e, por fim, o parecer dos secretários: a grana, a que temos direito, acordada através de convênios e contratos, simplesmente não vai sair! E como manter os projetos? E como manter uma campanha – presente em vários veículos de comunicação – de doação de jornais e revistas para reciclagem? E como dizer às pessoas que participam e trabalham na campanha e na ONG que tudo aquilo vai acabar e não existe previsão de pagamento? Como explicar o encerramento de mais de dez anos de atividades e que tirou da situação de risco social mais de 60 crianças?
A falta de compromisso político tem sido cada vez pior. Não falo somente pela ONG. Tenho outros trabalhos e alguns deles também dependem de verba do governo e, para variar, não vêem a cor do dinheiro. E nem vão ver, já que devido às eleições em outubro, a grana que tinha para sair, deveria sair até agora, em junho. Para não falar somente de trabalho poderia descrever o que está aí, a olhos nus, nos batendo a face todos os dias: postos de saúde lotados (e sem médicos), ônibus da mesma forma, crianças e adolescentes sem aulas, ruas inseguras, me parece até ter mais moradores de rua que o que reparava antes!
Em outubro precisamos mesmo ir lá? Oxalá chegue o dia em possamos dizer se queremos, de fato, ir ou não. Também rezo pela revolução. Mas uma verdadeira, movida a caneta, papel, leis sérias e fiscalização rígida. Sonho com um tempo em que o simples pensar em corrupção cause cada vez mais estranheza, espanto, asco. Ah, é. Mas isso já acontece!!
terça-feira, 27 de abril de 2010
Talentos em ebulição: Centro Cultural Plataforma investe no crescimento de artistas do Subúrbio
O Centro Cultural Plataforma em parceria com o Fórum de Arte e Cultura do Subúrbio promove o PLATAFORMA DE TALENTOS. O projeto acontece sempre nas últimas quartas-feiras de cada mês com o envolvimento dos grupos e artistas da região do Subúrbio Ferroviário e adjacências. O primeiro encontro será realizado amanhã (28/04), das 14 às 17 horas, com entrada franca.
O evento tem a finalidade de catalogar a produção cultural existente no Subúrbio de Salvador, aproximando os grupos culturais da comunidade. Os grupos participantes serão avaliados por uma comissão de técnicos e artistas, atuantes no cenário baiano, que estará disponível para dar dicas de como aprimorar o trabalho apresentado. Também é intuito do Plataforma de Talentos estimular a formação de platéia, contribuindo para o público ampliar o seu olhar sobre a obra artística (ver o trabalho que há por detrás da cena já pronta).
Nos primeiros encontros serão avaliadas as atrações que irão integrar o 4º Festival de Artes Caldeirão Cultural, a ser realizado entre os dias 08 e 20 de junho de 2010. Cada grupo terá 10 minutos para apresentar o trabalho com o qual deseja participar do Caldeirão. A idéia, de acordo com a coordenação do Centro Cultural, não é selecionar, mas contribuir para o desenvolvimento técnico dos grupos através da avaliação e das orientações oferecidas pelos técnicos da comissão.
Breve histórico
O Festival de Artes Caldeirão Cultural é uma ação de mobilização da Cultural Popular organizada por grupos e entidades culturais que em primeiro plano comemora a reabertura do Cine Teatro-Centro Cultural Plataforma. No entanto, este é um momento desta classe artística potencializar suas ações através de oficinas formativas, seminários, exposições, apresentações artísticas e cortejo performático. Nas edições anteriores estiveram presentes mais de 7.560 pessoas. Isso é possível graças a Gestão Participativa exercitada no Centro Cultural Plataforma que já é modelo em todo o estado. Esta gestão é possível graças ao Fórum de Arte e Cultura do Subúrbio.
Depois de quase 20 anos fechado, o Centro Cultural Plataforma abriu suas portas à comunidade em 08 de junho de 2007. A reabertura foi uma conquista dos artistas e entidades sócio-culturais do Subúrbio Ferroviário de Salvador, que desde o fechamento do antigo Cine-Teatro promoveram uma mobilização permanente, com manifestos, projetos e articulações políticas para recuperar o espaço.
O Fórum de Arte e Cultura do Subúrbio foi organizado através de uma articulação entre os diversos grupos da região, das mais diversas linguagens e estilos, em função do início das atividades do Centro Cultural Plataforma. No começo, o Fórum contava com cinco grupos e no período da reabertura do Centro, tinham, em média, 75 grupos catalogados. Naquele momento existia o temor de que o espaço fosse gestado e coordenado por uma linha e/ou pessoas que não tivessem relação com aquilo que os grupos esperavam: uma gestão descentralizada, que levasse em consideração a identidade e as expectativas dos artistas e do público da região.
SERVIÇO:
Onde: Centro Cultural Plataforma, Praça São Brás S/N, Plataforma. 3117 8106
Quando: 28 de Abril de 2010, das 14 às 17hs
Quanto: Grátis
Realização: Fórum de Arte e Cultura do Subúrbio Ferroviário de Salvador / Centro Cultural Plataforma - FUNCEB
CONTATOS
Rai Trindade - Assessoria de Imprensa – 71. 8766-0889
Marcio Bacelar - Assessoria de Imprensa - 71. 8871-1482/8708-9762
Cleiton Luz - Ator / Educador Popular – 71. 8198-5421
Ana Vaneska – Coordenadora do Centro Cultural Plataforma – 71.8839 3681
Centro Cultural Plataforma - 71.3117 8106
E-mail: centroculturalplataforma@gmail.com
terça-feira, 20 de abril de 2010
Mulheres promíscuas causam terremoto, diz clérigo
Passeando pela net, encontrei essa matéria, no mínimo, curiosa. Em tempos de enchentes, terremotos, vulcões em erupções... É mole??
Segue.
Mulheres promíscuas causam terremoto, diz clérigo
Agência Estado
Um importante clérigo islâmico do Irã afirmou, durante sermão, que mulheres com roupas reveladoras e atitudes promíscuas são a causa dos terremotos. "Muitas mulheres não se vestem de modo recatado. Levam os homens jovens ao mau caminho, corrompem sua castidade e disseminam o adultério na sociedade, o que, em consequência, aumenta os terremotos", afirmou o clérigo Hojatoleslam Kazem Sedighi, de acordo com a imprensa iraniana.
As mulheres do Irã são obrigadas por lei a se cobrirem da cabeça aos pés, mas muitas, especialmente as jovens, usam lenços que mostram boa parte do cabelo. "O que podemos fazer para não ficarmos sepultados sob os escombros?", questionou Sedighi, durante seu sermão de sexta-feira. "Não há outra solução que nos refugiarmos na religião e adaptarmos nossas vidas aos códigos morais do Islã."
O Irã é um dos países mais afetados por terremotos no mundo, e a explicação incomum do clérigo foi feita após uma previsão do presidente Mahmoud Ahmadinejad, segundo a qual um tremor vai sacudir a capital Teerã. O presidente sugeriu que a maioria dos 12 milhões de habitantes da capital se transfira para outras partes do país.
Especialistas advertiram que, há pelo menos duas décadas, é provável que a capital iraniana seja atingida por um violento terremoto. Alguns especialistas já sugeriram que o Irã transfira sua capital para uma zona com menor atividade sísmica. Teerã está acima de várias falhas geológicas. A capital, porém, não sofre um grande terremoto desde 1830. Em 2003, houve um violento terremoto em Bam, no sul do país, matando 31 mil pessoas, um quarto da população da cidade.
Segue.
Mulheres promíscuas causam terremoto, diz clérigo
Agência Estado
Um importante clérigo islâmico do Irã afirmou, durante sermão, que mulheres com roupas reveladoras e atitudes promíscuas são a causa dos terremotos. "Muitas mulheres não se vestem de modo recatado. Levam os homens jovens ao mau caminho, corrompem sua castidade e disseminam o adultério na sociedade, o que, em consequência, aumenta os terremotos", afirmou o clérigo Hojatoleslam Kazem Sedighi, de acordo com a imprensa iraniana.
As mulheres do Irã são obrigadas por lei a se cobrirem da cabeça aos pés, mas muitas, especialmente as jovens, usam lenços que mostram boa parte do cabelo. "O que podemos fazer para não ficarmos sepultados sob os escombros?", questionou Sedighi, durante seu sermão de sexta-feira. "Não há outra solução que nos refugiarmos na religião e adaptarmos nossas vidas aos códigos morais do Islã."
O Irã é um dos países mais afetados por terremotos no mundo, e a explicação incomum do clérigo foi feita após uma previsão do presidente Mahmoud Ahmadinejad, segundo a qual um tremor vai sacudir a capital Teerã. O presidente sugeriu que a maioria dos 12 milhões de habitantes da capital se transfira para outras partes do país.
Especialistas advertiram que, há pelo menos duas décadas, é provável que a capital iraniana seja atingida por um violento terremoto. Alguns especialistas já sugeriram que o Irã transfira sua capital para uma zona com menor atividade sísmica. Teerã está acima de várias falhas geológicas. A capital, porém, não sofre um grande terremoto desde 1830. Em 2003, houve um violento terremoto em Bam, no sul do país, matando 31 mil pessoas, um quarto da população da cidade.
A terra pedindo atenção
Temperaturas cada vez mais difíceis de agüentar, chuvas intensas, mosquitos, vulcões fechando o tráfego aéreo por dias! A natureza responde e ainda não estamos atentos o suficiente para reeducar nossas atitudes, revermos a maneira que tratamos o lugar onde habitamos.
E as produções americanas continuam estourando as bilheterias com seus filmes catastróficos e, infelizmente, matemáticos!
E as produções americanas continuam estourando as bilheterias com seus filmes catastróficos e, infelizmente, matemáticos!
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Testemunha das mudanças
Das coisas mais bacanas desse curso de pós, sem dúvidas posso citar as indicações. São livros e filmes que não sei se teria conhecimento ou acesso fora desse ambiente acadêmico. Semana passada analisamos O Sorriso de Monalisa, filme de 2003, que recria a atmosfera e os costumes do início da década de 1950. Conta a história de uma professora de arte (Julia Roberts) que, educada numa liberal Universidade da Califórnia, enfrenta uma escola feminina, tradicionalista – Wellesley College, onde as melhores e mais brilhantes jovens mulheres dos Estados Unidos recebem uma dispendiosa educação para se transformarem em cultas esposas e responsáveis mães. No filme, a professora irá tentar abrir a mente de suas alunas para um pensamento liberal, enfrentando a administração da escola e as próprias garotas.
Segundo site especializado em cinema, a crítica não aprovou o filme e também havia rumores de que as atrizes que participaram não gostaram muito, além disso, consta que o filme não teve grande desempenho nos cinemas. Inclusive, o site traz que alguns críticos dizem que o filme “é uma cópia (feminina) de Sociedade dos Poetas Mortos.”. Fato que não lembro desse último. Acho que assisti parte dele somente. Na trama, a professora, vivida por Julia Roberts, estimula as alunas a estudarem arte moderna, levando-as a um depósito em Boston para olharem um quadro de Jackson Pollock. Nos catados feitos sobre o filme diz-se que, na realidade, Wellesley foi uma das únicas instituições a permitir que as alunas estudassem arte moderna, começando com um curso no final dos anos 20, ministrado por Alfred Barr Jr., que mais tarde fundou o Museu de Arte Moderna.
Era o módulo que trabalhava a questão de gênero e estudos feministas na pós e precisaríamos escolher uma cena no filme para analisar e discutir. Todo o filme é interessante, mas já que era necessário destacar, escolhi a cena da exposição da cozinha. Escrevi, então.
Um ambiente amplo, sofisticado, branco, cheio de parafernálias eletro-eletrônicas e um armário repleto de mantimentos apresentados pela personagem Betty Warren à amiga Joan Brandwyn como o maior sonho alcançado, como uma benção. Em algum lugar da conversa, a pergunta “não é tudo o que a gente sempre quis?”, fazendo referência aos equipamentos – coisa rara e cara, à época –, pareceu ser o máximo almejado por uma mulher. Não posso deixar de refletir sobre um espaço no tempo e na história em que a nós mulheres só era permitido pensar em sermos boas donas de casa e excelentes esposa e mães.
A amiga Joan Brandwyn, candidata a uma vaga em direito na universidade de Yale, queria mais que os armários, fogão, máquina de lavar e geladeira. Sonhava com a faculdade, além disso. Não vou entrar nos detalhes do tratamento antagônico dado a ambas pelos respectivos companheiros: o primeiro que se preocupava em ser o provedor da casa, sem o mínimo suporte emocional. O segundo apoiava as decisões da mulher, sem se preocupar em ser um mero mantenedor.
Quando volto aos dias de hoje percebo os papéis bastante misturados: não raro se tem notícia de homens que ficam em casa cuidando de afazeres domésticos e dos filhos enquanto as mulheres vão às ruas trabalhar. O inconveniente é que a maioria delas, depois das atividades extra lar, têm uma segunda jornada de trabalho em casa. É difícil estabelecer uma linha entre o que é ser homem e o que é ser mulher hoje. Os valores são outros. Prioridades e perspectivas também. Quantas mães solteiras se tem conhecimento hoje? Quantas mulheres são chefes de família? Daí, não ser tarefa fácil entender quais os papéis de cada um na sociedade atual. Como discernir funções num ritmo de disputa acirrada em que o mais interessante seria somar forças? Mas como somar forças num universo ainda tão desigual quando levamos em consideração a divisão por gênero? Inquietações ainda sem respostas prontas.
Hoje estudamos mais e exigimos mais de nós mesmas e, é válida a ressalva, a sociedade exige mais de nós também, já que “teimamos em descumprir funções para às quais fomos designadas”. Apesar das dificuldades, acho pouco provável encontrar uma mulher que seu único sonho seja casar e ter uma casa equipada para cuidar. O filme O Sorriso de Monalisa é uma reflexão cuidadosa em muitos aspectos. Tento trazer a cena analisada aos dias de hoje, sem sucesso. Penso se em nossa sociedade ainda há espaço para esse comportamento: tudo o que as mulheres podiam pensar em desejar eram novos equipamentos eletro-eletrônicos, mesa farta para a família e uma casa para cuidar, como suficiente.
Sinceramente não vejo nada demais em querer um lar e filhos. É a ideia de minimizar os sonhos que me incomoda. Afinal, quantas de nós adiamos maternidade, desejo de muitas, em função de um mercado de trabalho acirradamente disputado? Preferimos planejar e organizar a chegada e manutenção dos filhos, e para isso nos dedicamos às atividades e qualificação profissionais?
Imagino, por outro lado, a estranheza que seria alguém contar nosso modo de vida hoje para as mulheres do início da década de 50. Que pensariam elas? Ainda bem que o tempo passa e é a história a grande testemunha das mudanças bem vindas ou não, mesmo num primeiro momento, mas indiscutivelmente necessárias.
Segundo site especializado em cinema, a crítica não aprovou o filme e também havia rumores de que as atrizes que participaram não gostaram muito, além disso, consta que o filme não teve grande desempenho nos cinemas. Inclusive, o site traz que alguns críticos dizem que o filme “é uma cópia (feminina) de Sociedade dos Poetas Mortos.”. Fato que não lembro desse último. Acho que assisti parte dele somente. Na trama, a professora, vivida por Julia Roberts, estimula as alunas a estudarem arte moderna, levando-as a um depósito em Boston para olharem um quadro de Jackson Pollock. Nos catados feitos sobre o filme diz-se que, na realidade, Wellesley foi uma das únicas instituições a permitir que as alunas estudassem arte moderna, começando com um curso no final dos anos 20, ministrado por Alfred Barr Jr., que mais tarde fundou o Museu de Arte Moderna.
Era o módulo que trabalhava a questão de gênero e estudos feministas na pós e precisaríamos escolher uma cena no filme para analisar e discutir. Todo o filme é interessante, mas já que era necessário destacar, escolhi a cena da exposição da cozinha. Escrevi, então.
Um ambiente amplo, sofisticado, branco, cheio de parafernálias eletro-eletrônicas e um armário repleto de mantimentos apresentados pela personagem Betty Warren à amiga Joan Brandwyn como o maior sonho alcançado, como uma benção. Em algum lugar da conversa, a pergunta “não é tudo o que a gente sempre quis?”, fazendo referência aos equipamentos – coisa rara e cara, à época –, pareceu ser o máximo almejado por uma mulher. Não posso deixar de refletir sobre um espaço no tempo e na história em que a nós mulheres só era permitido pensar em sermos boas donas de casa e excelentes esposa e mães.
A amiga Joan Brandwyn, candidata a uma vaga em direito na universidade de Yale, queria mais que os armários, fogão, máquina de lavar e geladeira. Sonhava com a faculdade, além disso. Não vou entrar nos detalhes do tratamento antagônico dado a ambas pelos respectivos companheiros: o primeiro que se preocupava em ser o provedor da casa, sem o mínimo suporte emocional. O segundo apoiava as decisões da mulher, sem se preocupar em ser um mero mantenedor.
Quando volto aos dias de hoje percebo os papéis bastante misturados: não raro se tem notícia de homens que ficam em casa cuidando de afazeres domésticos e dos filhos enquanto as mulheres vão às ruas trabalhar. O inconveniente é que a maioria delas, depois das atividades extra lar, têm uma segunda jornada de trabalho em casa. É difícil estabelecer uma linha entre o que é ser homem e o que é ser mulher hoje. Os valores são outros. Prioridades e perspectivas também. Quantas mães solteiras se tem conhecimento hoje? Quantas mulheres são chefes de família? Daí, não ser tarefa fácil entender quais os papéis de cada um na sociedade atual. Como discernir funções num ritmo de disputa acirrada em que o mais interessante seria somar forças? Mas como somar forças num universo ainda tão desigual quando levamos em consideração a divisão por gênero? Inquietações ainda sem respostas prontas.
Hoje estudamos mais e exigimos mais de nós mesmas e, é válida a ressalva, a sociedade exige mais de nós também, já que “teimamos em descumprir funções para às quais fomos designadas”. Apesar das dificuldades, acho pouco provável encontrar uma mulher que seu único sonho seja casar e ter uma casa equipada para cuidar. O filme O Sorriso de Monalisa é uma reflexão cuidadosa em muitos aspectos. Tento trazer a cena analisada aos dias de hoje, sem sucesso. Penso se em nossa sociedade ainda há espaço para esse comportamento: tudo o que as mulheres podiam pensar em desejar eram novos equipamentos eletro-eletrônicos, mesa farta para a família e uma casa para cuidar, como suficiente.
Sinceramente não vejo nada demais em querer um lar e filhos. É a ideia de minimizar os sonhos que me incomoda. Afinal, quantas de nós adiamos maternidade, desejo de muitas, em função de um mercado de trabalho acirradamente disputado? Preferimos planejar e organizar a chegada e manutenção dos filhos, e para isso nos dedicamos às atividades e qualificação profissionais?
Imagino, por outro lado, a estranheza que seria alguém contar nosso modo de vida hoje para as mulheres do início da década de 50. Que pensariam elas? Ainda bem que o tempo passa e é a história a grande testemunha das mudanças bem vindas ou não, mesmo num primeiro momento, mas indiscutivelmente necessárias.
Cartinha para dias de chuva
Bem disse você... Esse tempo só dá vontade de ficar enrolada nos teus braços numa cama. Isso se você me fizesse o favor de enrolar seus braços em mim, né?!
Tá tão difícil parar de pensar em você esses dias... Dias assim... Dias de chuva em que eu simplesmente adoro namorar. Acho que foram feitos só para isso!!
Ninguém devia ir trabalhar ou estudar nesse tempo. As pessoas não deviam sair de suas casas, as pessoas não deviam sequer sair de suas camas! Aliás, podiam levantar para ir ao banheiro, tomar banho e ficar cheirosas para seus amores e (re)começarem a se amar. Podiam também levantar para ir à cozinha preparar uma massa caprichosamente temperada com um toque leve de manjericão.
Na carona: Música, bom filme e muito vinho.
O que seria de nossas duras vidas sem o sonho, não é mesmo?!
Tá tão difícil parar de pensar em você esses dias... Dias assim... Dias de chuva em que eu simplesmente adoro namorar. Acho que foram feitos só para isso!!
Ninguém devia ir trabalhar ou estudar nesse tempo. As pessoas não deviam sair de suas casas, as pessoas não deviam sequer sair de suas camas! Aliás, podiam levantar para ir ao banheiro, tomar banho e ficar cheirosas para seus amores e (re)começarem a se amar. Podiam também levantar para ir à cozinha preparar uma massa caprichosamente temperada com um toque leve de manjericão.
Na carona: Música, bom filme e muito vinho.
O que seria de nossas duras vidas sem o sonho, não é mesmo?!
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Coração e carta abertos
A doçura de Deborah, as tiradas chiques de Carol, as caras de Carla, as ideias de Rafa, os argumentos iluminados de May e Giba, as sacadas de Fafá, e muito mais. Como poderia me afastar de modo tranqüilo dessas figuras que por meses construíram comigo uma convivência divertida por sextas e sábados seguidos? Resolvi cancelar o curso de especialização. Depois dos problemas de saúde que tive mês passado, precisei optar em continuar os estudos ou me cuidar. Escolhi tratar de mim fisicamente, ainda que me custasse apertar o coração estando longe de pessoas que aprendi a gostar muito.
Enfim chegou o dia da última aula. Seria esse último sábado. Seria. Depois de uma homenagem linda em vídeo e fotos, não é que os loucos resolveram se juntar pra pagar minha mensalidade? Me emocionei muito. Só tive lágrimas: sem argumentos ou palavras. Não tive ou tenho como agradecer. Em casa, foi difícil acreditar.
Escrevi uma carta em agradecimento. Afinal, pela divisão que foi feita até o final da aula, ficariam cerca de 10 reais por cabeça. Imagina! Serei responsável por menos três latinhas de cerveja no final de semana de cada um! Tô muito feliz.
Segue a carta.
SEGUNDA CARTA ABERTA A 2a TURMA DE ESTUDOS CULTURAIS
Quando falava, em muitas mensagens, do meu amor pelas pessoas que compõem essa turma, não era exagero, exibicionismo ou pieguice. Era, é, muito sincero meu sentimento por vocês amigos, parceiros, grandes companheiros!
Sabia que o último sábado seria um dia muito triste para mim. Me separar momentaneamente, me afastar de nossas ricas – e sempre divertidas – discussões foi, como disse, uma decisão muito difícil, embora financeiramente necessária!
O que não esperava era esse carinho de vocês! Ou melhor, a forma como foi manifestado. Com o vídeo lindo e emocionante, já visto e revisto, torno a chorar, como uma boa libriana. Imagino que se passar até o final do curso esperando cada um de vocês na porta, dizendo MUITO OBRIGADA, ainda assim não terei agradecido o suficiente o apoio e incentivo...
Prometo apresentar meu boletim sempre com notas azuis!!! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk....
Amigos, vocês são pessoas incríveis, sem igual. Vou levar esse carinho e cuidado para o resto de minha vida!!!
Amo vocês.
Muito Obrigada!
Rai
Enfim chegou o dia da última aula. Seria esse último sábado. Seria. Depois de uma homenagem linda em vídeo e fotos, não é que os loucos resolveram se juntar pra pagar minha mensalidade? Me emocionei muito. Só tive lágrimas: sem argumentos ou palavras. Não tive ou tenho como agradecer. Em casa, foi difícil acreditar.
Escrevi uma carta em agradecimento. Afinal, pela divisão que foi feita até o final da aula, ficariam cerca de 10 reais por cabeça. Imagina! Serei responsável por menos três latinhas de cerveja no final de semana de cada um! Tô muito feliz.
Segue a carta.
SEGUNDA CARTA ABERTA A 2a TURMA DE ESTUDOS CULTURAIS
Quando falava, em muitas mensagens, do meu amor pelas pessoas que compõem essa turma, não era exagero, exibicionismo ou pieguice. Era, é, muito sincero meu sentimento por vocês amigos, parceiros, grandes companheiros!
Sabia que o último sábado seria um dia muito triste para mim. Me separar momentaneamente, me afastar de nossas ricas – e sempre divertidas – discussões foi, como disse, uma decisão muito difícil, embora financeiramente necessária!
O que não esperava era esse carinho de vocês! Ou melhor, a forma como foi manifestado. Com o vídeo lindo e emocionante, já visto e revisto, torno a chorar, como uma boa libriana. Imagino que se passar até o final do curso esperando cada um de vocês na porta, dizendo MUITO OBRIGADA, ainda assim não terei agradecido o suficiente o apoio e incentivo...
Prometo apresentar meu boletim sempre com notas azuis!!! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk....
Amigos, vocês são pessoas incríveis, sem igual. Vou levar esse carinho e cuidado para o resto de minha vida!!!
Amo vocês.
Muito Obrigada!
Rai
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Pelo social, sempre
Nos “enfiamos” no alto das montanhas pelos matos de Mutuípe, na páscoa. A cidade fica a umas 4 horas da Soterópolis. Um lugar deslumbrantemente simples e bucólico, mas onde a devastação ambiental também vai avançando suas garras, infelizmente.
A família da “figura” tem um projeto social-ambiental muito bacana e que me deixou apaixonada. Aproveitam a aproximação com as famílias do entorno, que em geral são numerosas, com muitas crianças, e trataram de ensinar às pessoas como cuidar daquele pedacinho de paraíso com medidas muito simples, acessíveis e entendíveis. Através de brincadeiras e trabalhando cenas do cotidiano das famílias, vão inserindo educação ambiental, conscientizando do poder – e obrigação – que têm com a terra e com o ambiente.
No retorno do feriado santo, fui convocada a participar das atividades aqui do Lobato, São Bartolomeu e Plataforma, bairros do subúrbio soteropolitano. Vamos trabalhar educação e arte desse lado da cidade. Serão oficinas, seminários, apresentações diversas no centro social, nas praças, nas escolas locais.
Ah, claro, ainda tem a ONG ambiental onde tenho “colocado minha digital”, como diz o chefe. Temos tentado sobreviver e aos trancos, barrancos e muita parceria nossos projetos ainda teimam.
É isso. Enquanto não consigo ganhar dinheiro, fazendo o que gosto, vou só fazendo o que gosto (e creio)!
A família da “figura” tem um projeto social-ambiental muito bacana e que me deixou apaixonada. Aproveitam a aproximação com as famílias do entorno, que em geral são numerosas, com muitas crianças, e trataram de ensinar às pessoas como cuidar daquele pedacinho de paraíso com medidas muito simples, acessíveis e entendíveis. Através de brincadeiras e trabalhando cenas do cotidiano das famílias, vão inserindo educação ambiental, conscientizando do poder – e obrigação – que têm com a terra e com o ambiente.
No retorno do feriado santo, fui convocada a participar das atividades aqui do Lobato, São Bartolomeu e Plataforma, bairros do subúrbio soteropolitano. Vamos trabalhar educação e arte desse lado da cidade. Serão oficinas, seminários, apresentações diversas no centro social, nas praças, nas escolas locais.
Ah, claro, ainda tem a ONG ambiental onde tenho “colocado minha digital”, como diz o chefe. Temos tentado sobreviver e aos trancos, barrancos e muita parceria nossos projetos ainda teimam.
É isso. Enquanto não consigo ganhar dinheiro, fazendo o que gosto, vou só fazendo o que gosto (e creio)!
Ser mulher
No “mês da mulher” perdi um bebê. Mais precisamente na “semana da mulher”. Era a segunda gravidez com o mesmo desfecho: aborto espontâneo. Não estou lamentando, já passei disso, estou na fase de buscar respostas sejam elas clínicas, físicas e/ou espirituais. Enquanto não ficam prontas, vou reajustando minhas atividades, minha vidinha de sempre com muito trampo e estudo. No entanto, (re)aprendi a selecionar as prioridades: ter tido complicações sérias nesse segundo processo me fez prestar mais atenção à minha saúde, oferecer mais a mim mesma.
E, numa dessas brincadeiras do divino ou, – e mais provável –, mera organização de cronograma, o módulo trabalhado na especialização foi justamente Gênero, Estudos Feministas e Sexualidade. Aí discutimos, entre outras coisas, o que é ser homem e mulher nos dias de hoje. As explanações feitas em sala mexeram comigo. Refiro-me ao que avançamos, nós, mulheres, em termos de direitos (e as obrigações que vieram também na carona). Penso também no que “deixamos de lado”, afinal, poder ficar com as pernas para cima após o parto parece um sonho.
Falando em parto, essa possibilidade de podermos nos planejar sem a pressão por herdeiros, machos, diga-se de passagem, me parece uma de nossas grandes vitórias. Podermos nos dedicar mais ao conhecimento, ao mercado de trabalho, lembrando logicamente que ainda recebemos, em média, metade da remuneração paga aos homens, me parece outro grande triunfo.
E nessa de querer fazer o que se quer e quando se quer, e mais, ter o poder de refazer essas possibilidades, é que acredito ser essa, uma característica nossa. Correndo o risco de parecer feminista, esse “jogo de cintura” nos pertence, é atávico! Sem medos de rever prioridades, sem medos de traçar metas e sonhos para quando nos sentirmos prontas.
E, numa dessas brincadeiras do divino ou, – e mais provável –, mera organização de cronograma, o módulo trabalhado na especialização foi justamente Gênero, Estudos Feministas e Sexualidade. Aí discutimos, entre outras coisas, o que é ser homem e mulher nos dias de hoje. As explanações feitas em sala mexeram comigo. Refiro-me ao que avançamos, nós, mulheres, em termos de direitos (e as obrigações que vieram também na carona). Penso também no que “deixamos de lado”, afinal, poder ficar com as pernas para cima após o parto parece um sonho.
Falando em parto, essa possibilidade de podermos nos planejar sem a pressão por herdeiros, machos, diga-se de passagem, me parece uma de nossas grandes vitórias. Podermos nos dedicar mais ao conhecimento, ao mercado de trabalho, lembrando logicamente que ainda recebemos, em média, metade da remuneração paga aos homens, me parece outro grande triunfo.
E nessa de querer fazer o que se quer e quando se quer, e mais, ter o poder de refazer essas possibilidades, é que acredito ser essa, uma característica nossa. Correndo o risco de parecer feminista, esse “jogo de cintura” nos pertence, é atávico! Sem medos de rever prioridades, sem medos de traçar metas e sonhos para quando nos sentirmos prontas.
segunda-feira, 15 de março de 2010
Palavra do mestre
Eu fico com a pureza da resposta das crianças
É a vida, é bonita, e é bonita
Viver e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Eu sei que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita, e é bonita
E a vida
E a vida o que é diga lá meu irmão
Ela é a batida de um coração
Ela é uma doce ilusão
E a vida
Ela é maravilhosa ou é sofrimento
Ela é alegria ou lamento
O que é o que é, meu irmão
Há quem fale que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo
Há quem fale que é um divino Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor
Você diz que é luta e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que a melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer
Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der ou puder ou quiser
Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte
E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico com a pureza da resposta das crianças
É a vida, é bonita, e é bonita
Viver e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Eu sei que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita, e é bonita
Gonzaguinha
É a vida, é bonita, e é bonita
Viver e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Eu sei que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita, e é bonita
E a vida
E a vida o que é diga lá meu irmão
Ela é a batida de um coração
Ela é uma doce ilusão
E a vida
Ela é maravilhosa ou é sofrimento
Ela é alegria ou lamento
O que é o que é, meu irmão
Há quem fale que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo
Há quem fale que é um divino Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor
Você diz que é luta e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que a melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer
Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der ou puder ou quiser
Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte
E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico com a pureza da resposta das crianças
É a vida, é bonita, e é bonita
Viver e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Eu sei que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita, e é bonita
Gonzaguinha
quarta-feira, 10 de março de 2010
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Sem argumentos
Pesquisando e postando na tarde de domingo de carnaval, eis que recebo um email da colega da pós, Carla Bahia. Se já não sabia, não havia ligado o nome à pessoa, fiz questão de buscar e repetir a mensagem, lógico. Figuras como essa aumentam meu apetite intelectual.
Creiam no que vão ler nesse link:
http://e-paulopes.blogspot.com/2010/02/john-mayer-afirma-que-seu-penis-tem.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+blogspot/LHEA+(Paulopes+Weblog)
Paciência Viva nas comemorações de Momo
A Paciência Viva participa do carnaval de Salvador, graças a mais uma ação solidária de parceiros. Trata- se da campanha “Você tem mãos quase uma cortesia”, uma ação do REINO DA FOLIA que leva à risca o dito “não dar o peixe, mas ensinar a pescar”. A iniciativa, anual, é uma maneira de colaborar com entidades de utilidade pública. Foram doados abadás e camisas para o Camarote do Reino, trocados por ingressos parciais previamente recebidos. No caso da Paciência Viva, somente camisas. A quantia arrecadada fica na ONG e chega em muito boa hora. O presidente da Paciência Viva, Cláudio Deiró, se diz esperançoso com a ação do REINO: “Parcerias como essa dão fôlego às nossas atividades. Com fé, vamos trocar todas as camisas e solucionar parte dos problemas financeiros e operacionais pelos quais a Paciência Viva vem passando e que se agravaram no final de 2009”, desabafa Deiró.
O folião pode adquirir sua camisa e escolher um dos dias para se esbaldar no Camarote que oferece Open-Bar, Boate, Lounge, Ambiente Climatizado, Customização de Figurinos, Praça de alimentação, onde o folião poderá comprar alimentos, além de Posto Médico para pequenos atendimentos. A estrutura está montada em Ondina, o metro quadrado mais cobiçado da festa de Momo. O stand de vendas fica no Shopping Paralela, aberto das 9h às 17h.
Nesse momento, as atividades da Paciência Viva estão direcionadas para a campanha “Doe seu jornal. Não custa nada, mas vale muito”, protagonizada pelo ator baiano Wagner Moura. A iniciativa, inédita na Bahia, integra o Projeto Ação Reciclar, atividade gerenciada pela Paciência Viva. A ONG tem como meta a coleta de 80 toneladas de resíduo sólido (papel-jornal, papel-revista e papel branco) por mês. Dessa forma, além da diminuição do impacto ambiental, pretende-se assegurar a (re)inserção econômica e social dos catadores com a formação de uma Cooperativa de Catadores de Produtos Recicláveis. “Doe seu jornal...” conta também com a parceria de grandes veículos de comunicação como Grupo A Tarde, Tribuna da Bahia, TV Aratu, Band Bahia e Band News, Irdeb, Grupo Bahia entre outros.
Apesar da adesão pública, a julgar pelos telefonemas recebidos na sede, a meta ainda está muito distante de ser alcançada e, atualmente, corre-se o sério risco de suspender as atividades, por conta de uma ordem de despejo. Para continuar a campanha e atingir os objetivos são necessários, por exemplo, e com urgência, de uma sede/galpão, uma kombi, um caminhão baú e uma moto para garantir a continuidade dos projetos, e a realização, com eficiência, das coletas nos postos e residências.
Participe! Faça a diferença com solidariedade e responsabilidade!
A volta do filho pródigo
Não, não foi caso de seqüestro por alienígenas ou coisa que o valha. Muito trampo, reorganização de idéias. Não faltaram boas novidades, esse mês que “estive fora”, lógico. Fui até pro cortejo da Lavagem do Bonfim. Depois de 31 anos, pela primeira vez, com direito a volta de barco sob o visual mágico da Baía de Todos os Santos e companhia apaixonante.
Vamos retomando a escrita no meu espaço bem devagar. É bom estar de volta!
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
O bucólico é impagável
No comecinho do ano fui recarregar as baterias num pedacinho do paraíso. Um sítio escondidinho num município vizinho a soterópolis, menos de 1 hora da capital, de carro, acho. Pena que não deu pra fazer fotos. Quer dizer, até fiz, no celular. Dessa vez, me desculpem, não vou poder compartilhar.
Minha nova figura, um bom vinho, uma fogueira pra aquecer a noite, uma casa rodeada de árvores frutíferas, "zum de besouro", um cachorro companheiro, um pôr-do-sol de cinema e um amanhecer mais lindo ainda. Mesmo para uma pessoa avessa a acordar cedo. Num dos dias, antes das 6h já estava de pé pra vislumbrar aquele visual quase inacreditável. Uma mistura de cores que ia se desenhando com o canto dos pássaros. De repente a chuva fina. Três dias maravilhosos.
Relembrar esse clima bucólico me fez pensar no que a gente realmente precisa para estar bem. As coisas todas me parecem bem mais simples hoje. Claro, é preciso até mesmo garantir ter direito a essas escapadas vez em quando e, para tanto, é preciso ter dinheiro. O fato é que algumas coisas na vida não têm preço... mesmo!
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