Passei o domingo tentando organizar meu quarto. Era urgente. Quase nem me cabia mais de tanta coisa! Muito papel! Quando digo muito é muito mesmo. Sou meio tarada por papel e tudo que me dão na rua, vou guardando. Sempre acho que tem algo interessante: um detalhe na impressão, um desenho diferente, a disposição dos tipos (letras). E quando passo em lugares onde as revistas e jornais são gratuitos então? Revista de avião, tem coisa mais legal? Sempre há uma página diferente que pode ser utilizada em algum trabalho, uma forma bacana de dispor imagens e textos que pode abrir a cabeça na hora de criar um jornal ou revista.
Devo ter uns 5 kg de papel ensacado aqui. E ainda tem material das três tentativas de ingressar no mestrado. Pastas de recortes de jornal, páginas impressas da web, revistas. Dessas fiz uma seleção e mantive boa parte para novas tentativas. Rever esse material me fez pensar em novas propostas ou, ainda, aprimorar os projetos. Me dei conta de que quase todos têm cunho histórico, mesmo a proposta de trabalhar com livro infantil. Isso só reforçou o desejo de pular pra história (bom, não é tão distante de jornalismo assim)! Também no embalo dos cinco quilos estão módulos da pós-graduação, alguns pelo menos.
O ruim dessa faxina não é escolher o que fica e sim, o que vai. Cada coisa tem uma lembrança especial, um por quê. Separei um monte de jornal Aprovado!, por exemplo pra doar às bibliotecas de escolas de segundo grau. Foi difícil. A cada edição, um problema e uma solução diferente, uma lembrança, portanto. As modificações gráficas que fui implantando. Quase dois anos acumulando jornal!
Existe um outro lado também: é hora de comprar, adquirir coisas novas, ver e ler novas tendências. Dar espaço ao novo. Afinal, comunicação é isso, não?!
segunda-feira, 30 de junho de 2008
Inevitavelmente
É quase impossível não ser romântico no início da paixão, não é mesmo? Então me resta assumir minhas atitudes adolescentes e trazer da memória canções que embalaram acontecimentos recentes...
Aqui
Aqui
( Ana Carolina / Antônio Villeroy )
Eu nunca disse que iria ser
A pessoa certa pra você
Mas sou eu quem te adora
Se fico um tempo sem te procurar
É pra saudade nos aproximar
E eu já não vejo a hora
Eu não consigo esconder
Certo ou errado, eu quero ter você
Ei, você sabe que eu não sei jogar
Não é meu dom representar
Não dá pra disfarçar
Eu tento aparentar frieza mas não dá
É como uma represa pronta pra jorrar
Querendo iluminar
A estrada, a casa, o quarto onde você está
Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim
Aqui
Agora que você parece não ligar
Que já não pensa e já não quer pensar
Dizendo que não sente nada
Estou lembrando menos de você
Falta pouco pra me convencer
Que sou a pessoa errada
Eu não consigo esconder
Certo ou errado, eu quero ter você
Ei, você sabe que eu não sei jogar
Não é meu dom representar
Não dá pra disfarçar
Eu tento aparentar frieza mas não dá
É como uma represa pronta pra jorrar
Querendo iluminar
A estrada, a casa, o quarto onde você está
Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim
Em mim...
Aqui
Vou curtindo, sem medos, “o fogo que arde sem se ver”...
Vou curtindo, sem medos, “o fogo que arde sem se ver”...
sábado, 28 de junho de 2008
Coração de mulher de trinta
“O problema é que você é muito seletiva!”. Essa tá virando uma frase clássica dos meus amigos pra justificar meus insucessos amorosos. Mas vê se tem lógica? Se escolhendo tanto eu tô tomando na cabeça, imagina se não o fizer?! Devo confessar, ao menos que relaxei um pouco, baixei a guarda e dei espaço pra uma nova relação. Quer dizer, nova não. Digamos que atualizada. É bom se permitir ver uma mesma pessoa com outros olhos. Lidando com meus fantasmas, exorcizando velhos traumas. Estou curtindo. E muito.
Temos ensaiado há um tempo, mas meus medos e inseguranças... Ao menos são bem menores agora (bom, é o que parece até então). Na fase ainda da paixonite, temos a sorte de sermos da mesma área. Assunto pra conversar não nos falta. Gostamos de algumas coisas em comum e existe uma certa áurea de sofisticação que me encanta!
Estou tentando ir com a calma que meu tempo balzachiano me permite (deveria, pelo menos). O problema é que às vezes minha adolescência tardia fala mais alto. Não dá pra negar que é bem gostosa a sensação: O friozinho na barriga, o nervoso pra encontrar, os telefonemas, as mensagens pelas infovias.
Lá vou eu, mais uma vez...!
Temos ensaiado há um tempo, mas meus medos e inseguranças... Ao menos são bem menores agora (bom, é o que parece até então). Na fase ainda da paixonite, temos a sorte de sermos da mesma área. Assunto pra conversar não nos falta. Gostamos de algumas coisas em comum e existe uma certa áurea de sofisticação que me encanta!
Estou tentando ir com a calma que meu tempo balzachiano me permite (deveria, pelo menos). O problema é que às vezes minha adolescência tardia fala mais alto. Não dá pra negar que é bem gostosa a sensação: O friozinho na barriga, o nervoso pra encontrar, os telefonemas, as mensagens pelas infovias.
Lá vou eu, mais uma vez...!
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Múltiplas faces do sentimento
Acabo de chegar de uma farrinha pós-São João pra encerrar o ciclo de bebedeira sem medida (ao menos por enquanto)! Estava com um velho e bom amigo. Alias descobri uma paixão. Melhor, um amor! E na forma que – julgo - deveria ser esse sentimento, independente do tipo de relação em jogo: Pleno de outras emoções tão importantes que o compõe. Assim entendo ser, esse amor especificamente, um combinado de companheirismo, amizade, compreensão, cuidado e respeito. Bom isso!
O fato de nos conhecermos bem facilita muito alguns pontos e em outros atrapalha com a mesma intensidade. Sabe como é, a intimidade é uma desgraça, já diria um outro amigo meu. E é verdade. Sabemos tanto um do outro a ponto de mostrar o erro e ainda vir com a velha frase: “mas eu te disse, não foi?!”. Mas também é boa a sensação de dar um telefonema e ser atendido incondicionalmente ainda que seja pra emprestar o ombro ou jogar conversa fora num barzinho do Rio Vermelho.
Ao contrário do que muita gente pensa, acho possível sim o amor sem sexo, sem, digamos, intenções carnais, mesmo que não pra sempre (afinal, ninguém é de ferro!). As coisas mudam, as pessoas reavaliam (pre)conceitos e a vida segue.
Por hoje estou feliz em ter (re)descoberto o amor numa figurinha que já estava em meu álbum e saber que posso contar independente da cabeçada que eu ser, sem talvez!
Ei, você, obrigada!
O fato de nos conhecermos bem facilita muito alguns pontos e em outros atrapalha com a mesma intensidade. Sabe como é, a intimidade é uma desgraça, já diria um outro amigo meu. E é verdade. Sabemos tanto um do outro a ponto de mostrar o erro e ainda vir com a velha frase: “mas eu te disse, não foi?!”. Mas também é boa a sensação de dar um telefonema e ser atendido incondicionalmente ainda que seja pra emprestar o ombro ou jogar conversa fora num barzinho do Rio Vermelho.
Ao contrário do que muita gente pensa, acho possível sim o amor sem sexo, sem, digamos, intenções carnais, mesmo que não pra sempre (afinal, ninguém é de ferro!). As coisas mudam, as pessoas reavaliam (pre)conceitos e a vida segue.
Por hoje estou feliz em ter (re)descoberto o amor numa figurinha que já estava em meu álbum e saber que posso contar independente da cabeçada que eu ser, sem talvez!
Ei, você, obrigada!
Mais uma vez....
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Eu também quero sossêgo
No meio do meu dia de trabalho ouvi uma canção que adoro, de Carlinhos Cor das Águas!
Não vá embora
Depois do dia de hoje tudo que queria era escutá-la no modo assim meio loop!!! Como não tenho o disco, me restou trazer aqui...
Então, Carlinhos Cor das Águas pra vocês também!
Não vá embora
Não vá embora
que caiu a chuva agora
eu já espiei lá fora,
tá fazendo frio
Eu tenho insônia
quanto mais sozinho demora
fico ali pensando horas
fique um pouco mais...
Não tem problema
"Quê" que eu vou dizer?
não tem problema
quanto mais amor
mais vale à pena outros temas
os problemas vêm e vão...
Me dê um beijo amor,
me dê a mão.
sábado, 14 de junho de 2008
Músicas de plástico II
Nem bem postei e lá vem mais coisa. É que liguei o rádio e por seguros 5 minutos rodei as estações. Mais canções de plástico. Não é possível. Estarei eu me tornando uma velha chata? Percebo que músicas de plástico não são privilégios nossos. As batidinhas americanas ecoam em minha cabeça! É como se estivesse numa boate um dia inteiro.
Atenuadas pela força do velho jabá (prática comum, infelizmente, em que as produtoras ou músicos pagam pra terem suas canções tocando nas rádios), as tais canções se repetem sem dar muito descanso aos ouvidos desavisados. E quando elas integram as trilhas de novelas então? Acode meu São Francisco Buarque de Holanda!
Ainda para as músicas estrangeiras, na maioria das vezes o sofrimento é duplicado: nosso cérebro é lavado por composições que nem sabemos o que quer dizer. E mais uma vez, dedos para que te quero!
Atenuadas pela força do velho jabá (prática comum, infelizmente, em que as produtoras ou músicos pagam pra terem suas canções tocando nas rádios), as tais canções se repetem sem dar muito descanso aos ouvidos desavisados. E quando elas integram as trilhas de novelas então? Acode meu São Francisco Buarque de Holanda!
Ainda para as músicas estrangeiras, na maioria das vezes o sofrimento é duplicado: nosso cérebro é lavado por composições que nem sabemos o que quer dizer. E mais uma vez, dedos para que te quero!
Músicas de plástico
E quando eu acho que já ouvi todos os absurdos do que se diz ser música popular, alguém escreve – sem muito trabalho – uma coisa pior. E agora, próximo das festas de junho, isso é percebido gritantemente. Existe explicação numa “canção” que traz no refrão “chupa que é de uva” e a resposta a ela tem o refrão não menos absurdo “senta que é de menta”. Oh, Jah, me salve!
Faz tempo que essas pérolas me incomodam. E nem tô falando de axé, seus aaaas, êees, pega daqui, bota mão lá, desce e sobe e cia. Essa semana, na terça acho, lia uma matéria no jornal local em que o autor reclamava exatamente a mesma coisa. Em poucas palavras, questionava onde foi parar a sensibilidade de letras como: “olha pro céu meu amor, vê como ele está lindo...”. Essas canções embalaram tantos forrós. Eu mesma dancei (uns aninhos atrás) nas muitas festas de São João que participei, aqui ou no interior. Valha-me Gonzagão!!
Ainda que tentasse deixar um pouco de lado a veia feminista, é impossível não achar minimamente asquerosas letras que descrevem atos sexuais e a forma como a mulher é transformada em objeto descartável. Entendo que os trocadilhos não sejam nenhuma novidade, afinal “quem não conhece severina xique-xique?”. Ou mesmo saindo das celebrações juninas, “o entra e sai de amor” e a sutil safadeza do Lobo bobo. As intenções estão nas entrelinhas e, muitas vezes, é o que garante o brilho e a emoção das canções.
Não dá nem pra se sentir aliviado pela brevidade das festas de junho, esperando que, ao seu término, a enxurrada de baboseiras pegue carona. É o tipo de coisa que funciona como a Hidra: cortada uma cabeça, aparecem outras tantas!
E quando penso nas roupas típicas que deram lugar às peças mínimas vistas em espetáculos também me pergunto o que estamos permitindo fazer com nossas raízes e tradições. E, depois de junho, as "cabeças pensantes" estarão a todo vapor para carnaval. O remédio é preparar os dedos seja pra mudar o dial ou tampar ou ouvidos!
Imagem dos grandes mestres: Banco de imagens Google
Faz tempo que essas pérolas me incomodam. E nem tô falando de axé, seus aaaas, êees, pega daqui, bota mão lá, desce e sobe e cia. Essa semana, na terça acho, lia uma matéria no jornal local em que o autor reclamava exatamente a mesma coisa. Em poucas palavras, questionava onde foi parar a sensibilidade de letras como: “olha pro céu meu amor, vê como ele está lindo...”. Essas canções embalaram tantos forrós. Eu mesma dancei (uns aninhos atrás) nas muitas festas de São João que participei, aqui ou no interior. Valha-me Gonzagão!!
Ainda que tentasse deixar um pouco de lado a veia feminista, é impossível não achar minimamente asquerosas letras que descrevem atos sexuais e a forma como a mulher é transformada em objeto descartável. Entendo que os trocadilhos não sejam nenhuma novidade, afinal “quem não conhece severina xique-xique?”. Ou mesmo saindo das celebrações juninas, “o entra e sai de amor” e a sutil safadeza do Lobo bobo. As intenções estão nas entrelinhas e, muitas vezes, é o que garante o brilho e a emoção das canções.
Não dá nem pra se sentir aliviado pela brevidade das festas de junho, esperando que, ao seu término, a enxurrada de baboseiras pegue carona. É o tipo de coisa que funciona como a Hidra: cortada uma cabeça, aparecem outras tantas!
E quando penso nas roupas típicas que deram lugar às peças mínimas vistas em espetáculos também me pergunto o que estamos permitindo fazer com nossas raízes e tradições. E, depois de junho, as "cabeças pensantes" estarão a todo vapor para carnaval. O remédio é preparar os dedos seja pra mudar o dial ou tampar ou ouvidos!
Imagem dos grandes mestres: Banco de imagens Google
sexta-feira, 13 de junho de 2008
SOS humanidade
A cada vez que vou até a sede do Movimento volto carregada de sensações opostas. Curiosamente elas têm o mesmo peso. Pensamentos tipo: “caramba, aqui tem muito a ser feito. Minha vidinha de classe média tava tão boa e isso não é problema meu. Tô distante dessas coisas”. No outro pêndulo, porém: “caramba, aqui tem muito a ser feito. Minha vidinha de classe média tava tão boa... caramba, aqui tem muito a ser feito. Minha vidinha de classe média tava tão boa... CARAMBA!”. Dessa vez um fato literalmente acabou meu dia. Uma garota de onze anos foi estuprada e morta pelo padrasto. Amanhã haverá uma passeata. O assassino, sob declaradas ameaças de morte, está foragido.
Infelizmente esse não é um fato isolado, sobretudo aqui pelo subúrbio, onde as pessoas têm acesso precário à justiça e segurança. E é essa lacuna que dá espaço a criação de meios muito próprios de combate ou represália. Nesse caso específico, segundo relatos, invadiram a casa do acusado, quebraram tudo, levaram aparelhos eletro-eletrônicos. Na conversa informal dentro do ônibus, era impossível não perceber a torcida: “se ele cai na detenção, ele vai ver só. A lei da cadeia é certa e não perdoa.”
Não vou ser hipócrita a ponto de dizer que torço que a polícia o prenda simplesmente. Ao que consta era dele a figura paterna que a menina conhecia. Na minha cabeça, isso agrava o crime! De mais a mais, de qualquer sorte (ou falta dela), ele já foi julgado e condenado pelo mais passional dos júris!
Penso em como essas ocorrências estão ficando comuns. Penso também como algumas pessoas vão achando esses, fatos comuns! Reação, aliás, muito preocupante. Assim vai sendo sacramentada a banalização da falta de humanidade.
Infelizmente esse não é um fato isolado, sobretudo aqui pelo subúrbio, onde as pessoas têm acesso precário à justiça e segurança. E é essa lacuna que dá espaço a criação de meios muito próprios de combate ou represália. Nesse caso específico, segundo relatos, invadiram a casa do acusado, quebraram tudo, levaram aparelhos eletro-eletrônicos. Na conversa informal dentro do ônibus, era impossível não perceber a torcida: “se ele cai na detenção, ele vai ver só. A lei da cadeia é certa e não perdoa.”
Não vou ser hipócrita a ponto de dizer que torço que a polícia o prenda simplesmente. Ao que consta era dele a figura paterna que a menina conhecia. Na minha cabeça, isso agrava o crime! De mais a mais, de qualquer sorte (ou falta dela), ele já foi julgado e condenado pelo mais passional dos júris!
Penso em como essas ocorrências estão ficando comuns. Penso também como algumas pessoas vão achando esses, fatos comuns! Reação, aliás, muito preocupante. Assim vai sendo sacramentada a banalização da falta de humanidade.
domingo, 8 de junho de 2008
Meu cão, meu herói
Se eu já adorava meu cachorro, depois dessa semana então, relevo todas as vezes em que ele me acordou com latidos de fome, de choro ou só pra abusar mesmo. Ele matou um ratinho aqui na entrada de casa. EU TENHO PAVOR A RATOS! Sério. Desses que a pessoa fica paralisada... Uma amiga fez chacota e disse que em alguma encarnação devo ter estado presa em algum calabouço infestado. O fato é que das seis casas que compõem a quadra, o lote ao menos metade não tem os nojentos roedores correndo pelos cantos. A nossa é uma delas.
Uma única vez que percebemos os pestinhas aqui, eu não sai do quarto. Sabíamos que eram três e pularam o muro dos fundos correndo da faxina da vizinha. Foram três dias absolutamente pavorosos. E depois de tanto remédio e algumas vassouradas, foram achados dois. Tudo bem, parecia ter sido algum engano ótico. Um belo dia, estava eu nos fundos lavando roupa e reorganizando o espaço já que aproveitamos pra jogar um monte de tralha fora. Eis que quando levanto um saco qualquer, o que estava lá, acuado? O terceiro kalunguinha. Eu gritei tão alto e bati a porta com tanta força que minha mãe achou que havia matado o bicho de susto!
Mas digam mesmo que sorte a minha! Com tanta gente dentro de casa, tinha que ser eu a encontrar o maldito. Levei dias sem ir nos fundos da casa. Passei até uns dias fora. Meu medo é tanto que nem filme, uma cena qualquer com esses pestinhas, eu consigo ver.
Depois dessa primeira vez, mãe mandou subir o muro dos fundos até virar parede. Perdemos a claridade, mas lâmpada existe pra isso, ora pois!! O “visitante” de agora, tudo indica que o “brinquedinho” de Rafão subiu pelo esgoto, aberto por conta dele mesmo, quer dizer, os pêlos dele caem e entopem o ralo. Com tanto abre e fecha, mãe resolveu não tampar mais. Uns dias de chuva e uma “rata parida” foram suficientes.
Depois dessa estou convencida que posso ficar tranqüila, porque graças a Rafão, rato aqui só se forem o Mikey ou Minnie Mouse, esses posso ver, afinal tão no meu imaginário desde criancinha!!
Rafão num momento de muito intimidade: sua hora do banho.
Uma única vez que percebemos os pestinhas aqui, eu não sai do quarto. Sabíamos que eram três e pularam o muro dos fundos correndo da faxina da vizinha. Foram três dias absolutamente pavorosos. E depois de tanto remédio e algumas vassouradas, foram achados dois. Tudo bem, parecia ter sido algum engano ótico. Um belo dia, estava eu nos fundos lavando roupa e reorganizando o espaço já que aproveitamos pra jogar um monte de tralha fora. Eis que quando levanto um saco qualquer, o que estava lá, acuado? O terceiro kalunguinha. Eu gritei tão alto e bati a porta com tanta força que minha mãe achou que havia matado o bicho de susto!
Mas digam mesmo que sorte a minha! Com tanta gente dentro de casa, tinha que ser eu a encontrar o maldito. Levei dias sem ir nos fundos da casa. Passei até uns dias fora. Meu medo é tanto que nem filme, uma cena qualquer com esses pestinhas, eu consigo ver.
Depois dessa primeira vez, mãe mandou subir o muro dos fundos até virar parede. Perdemos a claridade, mas lâmpada existe pra isso, ora pois!! O “visitante” de agora, tudo indica que o “brinquedinho” de Rafão subiu pelo esgoto, aberto por conta dele mesmo, quer dizer, os pêlos dele caem e entopem o ralo. Com tanto abre e fecha, mãe resolveu não tampar mais. Uns dias de chuva e uma “rata parida” foram suficientes.
Depois dessa estou convencida que posso ficar tranqüila, porque graças a Rafão, rato aqui só se forem o Mikey ou Minnie Mouse, esses posso ver, afinal tão no meu imaginário desde criancinha!!
Rafão num momento de muito intimidade: sua hora do banho.
Agendando o caos
E quem diria que escrever acabou virando uma válvula de escape! Uma delas, quero dizer. Depois de uma semana de cão (na verdade, ainda não acabou, visto que não conclui as atividades, às quais havia previsto dar conta em uma semana, inicialmente!), vim atualizar minhas novas. Com taaantos (04) anos fazendo jornais e revistas profissionalmente, não sei por que ainda não aprendi a incluir os imprevistos no cronograma! Talvez como parte do processo eu já não os sinta.
E como não bastasse, abriram as inscrições para processo seletivo de um programa de mestrado. Parece que escolhem o momento a dedo! Tô cheia de freelas – graças a Deus –, e preciso estudar. O calendário está bem apertado. Isso porque estou me considerando aprovada! Quanta pretensão!!! O que queria mesmo era só estudar, pesquisar, sem ter que me preocupar em sustentar minha pesquisa, minha sede de academia. Um sonho.
E, como sempre tiro passagens boas do que acontece, ao menos me sinto um pouco disciplinada. Estaria eu aprendendo finalmente a administrar o caos que se tornou minha agenda? Antes nos trinta do que nunca!!
E como não bastasse, abriram as inscrições para processo seletivo de um programa de mestrado. Parece que escolhem o momento a dedo! Tô cheia de freelas – graças a Deus –, e preciso estudar. O calendário está bem apertado. Isso porque estou me considerando aprovada! Quanta pretensão!!! O que queria mesmo era só estudar, pesquisar, sem ter que me preocupar em sustentar minha pesquisa, minha sede de academia. Um sonho.
E, como sempre tiro passagens boas do que acontece, ao menos me sinto um pouco disciplinada. Estaria eu aprendendo finalmente a administrar o caos que se tornou minha agenda? Antes nos trinta do que nunca!!
domingo, 1 de junho de 2008
No buzú
Enfim descobri alguma coisa que me tira do sério: trânsito parado! Principalmente quando estou atrasada (o que quase sempre acontece)! Não sei onde vamos parar com tanto carro nessa cidade. E as pessoas falam de São Paulo como se aqui já não vivêssemos essa tragédia urbana! Tragédia mesmo porque entendo ser um problema para todos e se desdobrando em variadas questões... Acaso alguém já mediu o nível de stress de quem dirige nesse caos? Suas conseqüências? E quem tá dentro dos veículos, especificamente dentro dos ônibus?
Não sei como alguém ainda não sugeriu aos órgãos competentes da prefeitura o tal escalonamento ou, como a gente chama, rodízio!! Mas acho que não demora adotarmos tal medida! Não é possível que nenhuma dessas pessoas que transitam na Av. Tancredo Neves umas 17h, por exemplo, não tenha pensado nisso. Aliás, estou sendo até benevolente. A tal avenida há muito não sofre mais com o tal – e sempre crucificado – horário de pico, de pique, seja lá qual a denominação dada por essas superintendências de trânsito. Na realidade, de uns tempos pra cá, qualquer horário é horário pra ficar louco naquela avenida, que é larga, diga-se de passagem. Acho bem mal distribuída, no entanto.
Lembro que uma vez, em Sampa, fiquei exatas quatro horas de um ponto a outro praticamente. Se alguém um dia contasse isso, diria que era piada. Quatro horas entre dois pontos, numa daquelas ruas depois do Aeroporto de Congonhas. Estava indo pro centro, Largo do Batata, trocar uns cartuchos de impressora. Depois desse dia, pegar ônibus virou um sofrimento, uma tortura. Se pudesse optar pelo metrô, não pensava duas vezes! Quando contei a alguns amigos lá ainda, diziam que até não demorou. Riram como se fosse a coisa mais normal do mundo. Eu hein?! As pessoas se acostumam a tudo!
Ao menos, o metrô é uma opção. Não aqui, lógico. O que temos aqui é uma lenda urbana, dessas que passa de geração em geração. Em que lugar no universo o transporte público reserva um serviço de qualidade a nós simples mortais, pagadores de impostos? Quiçá soubesse. Seria o caso de considerar uma mudança!
Fato é que com todas as milhares de facilidades para comprar um veículo, sobretudo com prestações a perder de vista, as concessionárias estão vivendo dias de glória! Nossa qualidade de vida, no entanto, segue na contramão.
Não sei como alguém ainda não sugeriu aos órgãos competentes da prefeitura o tal escalonamento ou, como a gente chama, rodízio!! Mas acho que não demora adotarmos tal medida! Não é possível que nenhuma dessas pessoas que transitam na Av. Tancredo Neves umas 17h, por exemplo, não tenha pensado nisso. Aliás, estou sendo até benevolente. A tal avenida há muito não sofre mais com o tal – e sempre crucificado – horário de pico, de pique, seja lá qual a denominação dada por essas superintendências de trânsito. Na realidade, de uns tempos pra cá, qualquer horário é horário pra ficar louco naquela avenida, que é larga, diga-se de passagem. Acho bem mal distribuída, no entanto.
Lembro que uma vez, em Sampa, fiquei exatas quatro horas de um ponto a outro praticamente. Se alguém um dia contasse isso, diria que era piada. Quatro horas entre dois pontos, numa daquelas ruas depois do Aeroporto de Congonhas. Estava indo pro centro, Largo do Batata, trocar uns cartuchos de impressora. Depois desse dia, pegar ônibus virou um sofrimento, uma tortura. Se pudesse optar pelo metrô, não pensava duas vezes! Quando contei a alguns amigos lá ainda, diziam que até não demorou. Riram como se fosse a coisa mais normal do mundo. Eu hein?! As pessoas se acostumam a tudo!
Ao menos, o metrô é uma opção. Não aqui, lógico. O que temos aqui é uma lenda urbana, dessas que passa de geração em geração. Em que lugar no universo o transporte público reserva um serviço de qualidade a nós simples mortais, pagadores de impostos? Quiçá soubesse. Seria o caso de considerar uma mudança!
Fato é que com todas as milhares de facilidades para comprar um veículo, sobretudo com prestações a perder de vista, as concessionárias estão vivendo dias de glória! Nossa qualidade de vida, no entanto, segue na contramão.
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