domingo, 1 de junho de 2008

No buzú

Enfim descobri alguma coisa que me tira do sério: trânsito parado! Principalmente quando estou atrasada (o que quase sempre acontece)! Não sei onde vamos parar com tanto carro nessa cidade. E as pessoas falam de São Paulo como se aqui já não vivêssemos essa tragédia urbana! Tragédia mesmo porque entendo ser um problema para todos e se desdobrando em variadas questões... Acaso alguém já mediu o nível de stress de quem dirige nesse caos? Suas conseqüências? E quem tá dentro dos veículos, especificamente dentro dos ônibus?

Não sei como alguém ainda não sugeriu aos órgãos competentes da prefeitura o tal escalonamento ou, como a gente chama, rodízio!! Mas acho que não demora adotarmos tal medida! Não é possível que nenhuma dessas pessoas que transitam na Av. Tancredo Neves umas 17h, por exemplo, não tenha pensado nisso. Aliás, estou sendo até benevolente. A tal avenida há muito não sofre mais com o tal – e sempre crucificado – horário de pico, de pique, seja lá qual a denominação dada por essas superintendências de trânsito. Na realidade, de uns tempos pra cá, qualquer horário é horário pra ficar louco naquela avenida, que é larga, diga-se de passagem. Acho bem mal distribuída, no entanto.

Lembro que uma vez, em Sampa, fiquei exatas quatro horas de um ponto a outro praticamente. Se alguém um dia contasse isso, diria que era piada. Quatro horas entre dois pontos, numa daquelas ruas depois do Aeroporto de Congonhas. Estava indo pro centro, Largo do Batata, trocar uns cartuchos de impressora. Depois desse dia, pegar ônibus virou um sofrimento, uma tortura. Se pudesse optar pelo metrô, não pensava duas vezes! Quando contei a alguns amigos lá ainda, diziam que até não demorou. Riram como se fosse a coisa mais normal do mundo. Eu hein?! As pessoas se acostumam a tudo!

Ao menos, o metrô é uma opção. Não aqui, lógico. O que temos aqui é uma lenda urbana, dessas que passa de geração em geração. Em que lugar no universo o transporte público reserva um serviço de qualidade a nós simples mortais, pagadores de impostos? Quiçá soubesse. Seria o caso de considerar uma mudança!

Fato é que com todas as milhares de facilidades para comprar um veículo, sobretudo com prestações a perder de vista, as concessionárias estão vivendo dias de glória! Nossa qualidade de vida, no entanto, segue na contramão.

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