
Uma única vez que percebemos os pestinhas aqui, eu não sai do quarto. Sabíamos que eram três e pularam o muro dos fundos correndo da faxina da vizinha. Foram três dias absolutamente pavorosos. E depois de tanto remédio e algumas vassouradas, foram achados dois. Tudo bem, parecia ter sido algum engano ótico. Um belo dia, estava eu nos fundos lavando roupa e reorganizando o espaço já que aproveitamos pra jogar um monte de tralha fora. Eis que quando levanto um saco qualquer, o que estava lá, acuado? O terceiro kalunguinha. Eu gritei tão alto e bati a porta com tanta força que minha mãe achou que havia matado o bicho de susto!
Mas digam mesmo que sorte a minha! Com tanta gente dentro de casa, tinha que ser eu a encontrar o maldito. Levei dias sem ir nos fundos da casa. Passei até uns dias fora. Meu medo é tanto que nem filme, uma cena qualquer com esses pestinhas, eu consigo ver.
Depois dessa primeira vez, mãe mandou subir o muro dos fundos até virar parede. Perdemos a claridade, mas lâmpada existe pra isso, ora pois!! O “visitante” de agora, tudo indica que o “brinquedinho” de Rafão subiu pelo esgoto, aberto por conta dele mesmo, quer dizer, os pêlos dele caem e entopem o ralo. Com tanto abre e fecha, mãe resolveu não tampar mais. Uns dias de chuva e uma “rata parida” foram suficientes.
Depois dessa estou convencida que posso ficar tranqüila, porque graças a Rafão, rato aqui só se forem o Mikey ou Minnie Mouse, esses posso ver, afinal tão no meu imaginário desde criancinha!!
Rafão num momento de muito intimidade: sua hora do banho.
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